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 | 15/07/2009 18h20min

Piora a estimativa para as exportações brasileiras em 2009

ARB espera uma queda de 26,1% nas vendas para o Exterior

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) mudou nesta quarta, dia 15, as projeções para o comércio exterior este ano e espera uma queda 26,1% nas exportações. A previsão anterior feita em janeiro era uma redução de 17,6%. O vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, disse que a piora do cenário para as vendas externas brasileiras é fortemente influenciada pela crise financeira internacional.

– Os preços das commodities (soja, café, minério de ferro) caíram e continuam baixos, embora não tenha havido queda no volume de produtos exportados. Mas os manufaturados estão caindo continuamente. Então, é um conjunto de commodities e manufaturados – explicou.

A AEB projeta um total de US$ 146,19 bilhões para as exportações em 2009, contra US$ 197,94 bilhões no ano passado. As importações devem ter um recuo maior (-28%). Castro afirmou que, embora o superávit comercial (diferença entre exportações e importações) tenha melhorado no primeiro semestre, deve haver uma retração de 13,6% no saldo em 2009.

Segundo ele, o único produto que tem se destacado é o açúcar. Com a queda de produção da Índia, o Brasil passou a ser o único exportador mundial. O aumento previsto para as exportações de açúcar refinado é de 29,7% este ano e de açúcar bruto atinge 69,2%.

O vice-presidente da AEB disse que houve uma redução das exportações brasileiras para a América do Sul, que é o destino dos nossos produtos manufaturados, devido à crise internacional. Parte do espaço que era do Brasil está sendo ocupado pela China.

– Isso, infelizmente, terá reflexos no futuro. Em 2010, esse mercado que a China está ocupando hoje nós não vamos recuperar. Mesmo que haja uma recuperação da economia nesses países, a China ocupou esse espaço. É uma perda de mercado clara para o Brasil.

Segundo ele, o Brasil deveria concentrar seus esforços nos Estados Unidos, cujo mercado foi abandonado pelo país desde 2003.

– Não houve nenhuma missão comercial, feira, promoção comercial. Tudo que ocorreu foi iniciativa do setor empresarial.

Castro disse que a participação das exportações do Brasil no mercado norte-americano caiu de 27% do total das exportações para 10%.

–Uma queda muito forte. E, mais uma vez, esse espaço foi ocupado pelos chineses.

AGÊNCIA BRASIL
 
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