O menino chinês de quatro anos que se tornou o segundo caso no Brasil suspeito de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês)  deixou o hospital na tarde desta quarta, dia 9. O garoto desembarcou no país há 10 dias, depois de ter passado pela região mais afetada pela doença: a província de Guangdong, na China. A criança foi internada nessa terça no Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp) com sintomas da pneumonia asiática, conforme informou a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

A assessoria de imprensa do Hospital da Unicamp garante que o menino não apresenta mais os sintomas considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como graves e com risco de transmissão. O garoto terá acompanhamento domiciliar, assim como todas as pessoas que têm contato próximo com ele.

A criança, que não teve a identidade revelada, mora em Sorocaba, no interior de São Paulo, e passou um mês na China. Logo que voltou ao país começou a desenvolver os sintomas da doença, como tosse, febre alta e falta de ar. A síndrome, cuja causa exata ainda é desconhecida, é rara em crianças, atingindo mais adultos entre 25 e 70 anos.

De acordo com o secretário Nacional de Vigilância Sanitária, Jarbas Barbosa, não existe necessidade de monitorar os passageiros do vôo onde a criança esteve porque a doença só é transmitida quando os sintomas são evidentes.

– O menino poderia ter até sentado no colo de outro passageiro durante o vôo que não tem risco de ter transmitido a doença porque ele não tinha os sintomas – explicou Barbosa.

O primeiro caso suspeito registrado no Brasil foi o da jornalista inglesa Sally Blower, de 41 anos, que desembarcou em São Paulo na última semana para cobrir o Grande Prêmio de Interlagos de Fórmula 1. Sally está internada no hospital Albert Einstein e deve receber alta nesta quinta.

Até o momento, 13 casos suspeitos foram investigados em oito Estados brasileiros. Destes, 11 foram descartados por não atenderam à definição de Sars.

As informações são da agência Reuters.