| 09/07/2009 18h36min
O cálculo do Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais lavouras do país, com base nas estimativas da safra de junho, mostra um montante de R$ 154,7 bilhões para este ano. A queda, em valores reais, chega a 3,8%, em relação ao ano passado. A redução atinge R$ 6,2 bilhões, em valores absolutos.
Os cálculos são do coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, ressaltando que os produtos que se destacam pelo aumento de faturamento em 2009 são uva (201,6%), cacau (19,5%), batata-inglesa (14,9%), arroz (14,1%), cana-de-açúcar (13,2%) e mandioca (11,6%).
Milho (-30%), algodão (-28%), feijão (-19,5%), trigo (-18%), cebola (-17,9%) e café (-14,2%) lideram as quedas de valor da produção. Esse desempenho desfavorável se deve a problemas climáticos, como estiagens e geadas, e ao fenômeno da bienalidade do café, um ano de boa produção acompanhado de outro de menor produção. De acordo com Gasques, esse produto se apresenta em período de baixo ciclo relativamente a 2008.
– Com seus preços estáveis, houve uma redução do valor do cafezal – analisa.
As informações sobre o valor da produção por região do país mostram os seguintes resultados para este ano: Norte (8,13%), com destaque para os Estados do Acre, Amazonas e Tocantins; Nordeste (-2,7%), apenas Pernambuco e Paraíba com incremento do valor da produção; Sudeste (-4,58%), com todos os Estados apresentando redução de valor; já no Sul (-8,27%) o resultado positivo fica por conta de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Centro-Oeste (-9,42%), somente Goiás apresenta aumento de valor da produção agrícola neste ano.
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais são os Estados com os maiores decréscimos neste ano, informa o coordenador.
O acompanhamento do VBP, realizado mensalmente pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE/Mapa), representa o faturamento bruto gerado na agricultura, obtido pela multiplicação do preço dos produtos pela respectiva quantidade produzida. Os preços têm como fonte a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e para obter o valor real (descontada a inflação) utiliza-se o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI/FGV).
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