O desemprego aumentou na região metropolitana de Porto Alegre em fevereiro e atingiu os 14,8%, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O crescimento em comparação a janeiro é de 0,5%.

Atualmente, a estimativa é de que 257 mil pessoas estejam sem trabalho. No segundo mês do ano, como comprovou a Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), ocorreu o acréscimo de 7 mil desempregados. Esse aumento ocorreu devido à eliminação de 15 mil postos de trabalho e, ao mesmo tempo, à saída de 8 mil pessoas de suas ocupações.

Já nos dados referentes ao nível de ocupação, a redução de 1% foi motivada pela retração do desempenho dos serviços, -2,3%. Já a baixa nas atividades industriais, -1,1%, e nas comerciais, -0,4%, foram menos representativas. Apenas nos serviços domésticos ocorreu um aumento de 2,6%, já verificado desde dezembro de 2002.

Os valores dos rendimentos médios dos ocupados está estimado em R$ 782, queda de 4,1% em relação a janeiro. Por sua vez, os assalariados tiveram redução de 2,4%, chegando a R$ 790. De acordo com os índices, a forma de inserção na ocupação, as quedas ocupacionais atingiram os assalariados do setor privado sem carteira assinada (-2,8%) e os trabalhadores autônomos, universitários, compreendidos na categoria outros, sofreram baixa de -2,1%.  

Além da participação do Dieese, a pesquisa foi realizada mediante convênio da FEE, com a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), juntamente com a Fundação  Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE-SP). O apoio finaceiro é oferecido pela FAPERGS. Cerca de 7,5 mil residências servem de amostra todos os meses para a coleta dos dados.