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 | 30/06/2009 14h30min

Pesquisa de intenção de confinamento mostra variação negativa de 1,2% em comparação a março

Estudo envolve associados da entidade nos Estados de GO, MT, MG, SP, MS e PR

A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) acaba de concluir o resultado de mais uma pesquisa sobre intenção de confinamento para 2009, a segunda de uma série de quatro levantamentos que serão realizados até o fim do ano. O estudo envolve os 47 associados da entidade nos Estados de GO, MT, MG, SP, MS e PR.

Na primeira quinzena de junho, a Assocon foi a campo para ouvir novamente a opinião dos pecuaristas e o resultado apresentado mostrou uma pequena variação negativa, de 1,2% em comparação ao primeiro levantamento realizado em março. Ainda assim, um crescimento de aproximadamente 4,4% é esperado no total confinado pela entidade em 2009, que é estimado em mais de 492 mil bovinos.

Segundo Bruno Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pela pesquisa, o resultado do segundo levantamento demonstra que, entre os sócios da Assocon, as projeções se mantiveram quase todas inalteradas, somente alguns fizeram ajustes.

O diretor executivo da Assocon, Juan Lebrón, considera positivo o cenário do confinamento, uma vez que mais de 90% do gado já está comprado e os preços futuros sinalizam para uma arroba na casa dos R$ 90,00.

— Sem dúvida nenhuma, o pecuarista que se programou com a compra de boi magro e insumos no início do ano, e apostou na atividade em 2009, colherá seus frutos agora com o retorno financeiro — afirma Lebrón.

Para o diretor executivo, por outro lado, estima-se pelo mercado que o confinamento no Brasil poderá manter os mesmos números de 2008 a até apresentar uma redução de 10%. No Estado do MT, por exemplo, já é apontada uma queda de 11%. Outros agentes apontam queda de 2,5% a 10%. Se analisados os números de 2008, de 2,7 milhões de cabeças confinadas, a redução de 10%, cria um vazio de aproximadamente 270 mil animais que seriam abatidos principalmente entre agosto e novembro.

— A atividade do confinamento de maneira geral no Brasil sofre com o elevado custo de produção, a relação de troca deficitária e o cenário de desconfiança que ainda existe no setor agropecuário — conclui Lebrón.

AGÊNCIA SAFRAS
 
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