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 | 24/06/2009 12h07min

ONU destaca que saúde pública e segurança pública não podem estar dissociadas

Combate às drogas deve ser prioridade para governos

O Relatório Mundial sobre Drogas 2009, lançado nesta quarta, dia 24, pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), chama muita atenção sobre o impacto dos crimes relacionados a drogas – e o que fazer sobre isso. No prefácio do Relatório o diretor-executivo do UNODC, Antonio Maria Costa, explora o debate sobre a descriminalização das drogas. Ele admite que a manutenção das drogas como ilícitas gera um mercado negro de proporções macroeconômicas, que causa violência e corrupção. Entretanto, ele alerta que a proposta de legalização das drogas como uma forma de acabar com essa ameaça – como alguns sugerem – seria um "erro histórico".

– As drogas ilícitas representam um grande perigo à saúde. Por essa razão, as drogas são e devem permanecer controladas – disse o diretor do UNODC.

– Quem propõe a legalização se equivoca nos dois sentidos. Um mercado liberado acarretaria em uma epidemia de drogas, enquanto a existência de um mercado controlado acarretaria na criação um mercado paralelo criminoso. A legalização não é uma varinha mágica que acabaria tanto com o crime organizado quanto com o abuso de drogas. A sociedade não deve ter de escolher entre priorizar a saúde pública ou a segurança pública: ela pode e deve optar por ambas – disse.

Nesse sentido ele pede aos países um maior investimento em prevenção e tratamento de drogas, e medidas mais pesadas para enfrentar o crime relacionado às drogas.
 
O Diretor do Gabinete de Política Nacional de Fiscalização das drogas (ONDCP) dos Estados Unidos, Gil Kerlikowske, disse:

– O Relatório Mundial sobre Drogas 2009 demonstra que as drogas são um problema que atinge a todos os países. Todos nós temos a responsabilidade de enfrentar o abuso de drogas na nossa sociedade. Internacionalmente, a administração Obama está comprometida em expandir iniciativas de redução de demanda a fim de garantir que todos aqueles que lutam para superar o vício tenham acesso a programas efetivos de tratamento, especialmente nos países em desenvolvimento. Estamos aprendendo muito sobre a doença da drogadição e sabemos que o tratamento funciona. Por meio de uma ação abrangente de aplicação da lei, de educação, de prevenção e de tratamento, teremos êxito em reduzir o uso de drogas ilegais e suas consequências devastadoras.

UNODC
 
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