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BC vê euforia do mercado com cautela e segue atento à inflação

Apesar do recente otimismo dos mercados financeiros, o Banco Central mostrou cautela nesta sexta, dia 4, e ressaltou que a inflação ainda é uma ameaça à economia.

– O Banco Central teve serenidade quando o mercado estava pessimista e continua a manter serenidade quando o mercado está otimista. A inflação está caindo, mas em ritmo lento – avaliou o presidente do BC, Henrique Meirelles, durante evento em São Paulo.

Ele lembrou que os preços de produtos e serviços não reagem na mesma velocidade que os preços dos ativos financeiros, como bolsas de valores e câmbio. Nesta semana, as indicações futuras de juros tiveram forte queda – sinalizando apostas de investidores em um corte da taxa básica do país, atualmente em 26,5%.

O movimento foi baseado na recuperação dos outros mercados, com alta acentuada na Bovespa, recuo do dólar para o menor nível em quase sete meses e queda do risco-país para a faixa de 900 pontos-básicos.

– Ao BC não cabe ser otimista ou pessimista. Cabe ter serenidade, moderação e paciência, olhando os indicadores da economia com cuidado para tomar qualquer medida. Ao mercado, sim, cabe tomar posições – acrescentou Meirelles.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária do BC manteve o juro básico, mas adotou o viés de alta – instrumento que permite uma elevação antes do próximo encontro, agendado para os dias 22 e 23.

Antes disso, o Copom havia aumentado a taxa por quatro meses seguidos, citando as preocupações com a inflação. Em fevereiro, o IPCA – que baliza as metas do governo – subiu 1,57%, depois de uma alta de 2,25% no mês anterior. Apesar do menor fôlego dos preços, o mercado espera que o índice termine o ano em 12,26%  – acima da meta perseguida de 8,5 por cento.

Meirelles insistiu que o governo não trabalha com uma meta de câmbio e disse que qualquer um pode ter opinião sobre qual seria o patamar adequado para o dólar. Ele descartou a possibilidade de intervir para conter a queda da moeda norte-americana e lembrou que a política já praticada pela autoridade monetária é de atuar "para resolver problemas de liquidez".


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