O inverno é a estação mais seca e fria na maior parte do Brasil. Neste ano, ele começará às 02h45min do próximo domingo, dia 21, quando o Hemisfério Norte terá o dia mais longo de 2009.

Neste ano, o país está sob neutralidade climática desde meados de maio. Não há nem La Niña, nem El Niño. As frentes frias estão avançando freqüentemente pelo centro e sul Brasil, trazendo chuvas e declínio da temperatura, o que deverá ocorrer até o final do inverno.

A estação mais árida do ano não será totalmente seca. Há previsão de chuvas com um intervalo de até 15 dias. As precipitações não serão duradouras (terão, no máximo, 48 horas), mas poderão atrapalhar a agricultura e favorecer a venda de desumidificadores.

O frio também terá uma freqüência semelhante. O inverno não promete ser rigoroso, mas a cada 15 dias, uma onda de frio com duração de no máximo 72 horas chegará ao país, alternada por períodos com temperaturas mais elevadas (agradáveis).

Sempre nas viradas de cada mês virá a onda de frio mais intensa em 30 dias, como ocorreu no dia 3 de junho. Em 3 de julho (um pouco antes ou um pouco depois), a previsão é de uma nova onda frio, bastante intensa, com formação de geadas amplas, o que deverá se repetir por volta de 3 de agosto, e assim por diante.

No Nordeste, simulações indicam que áreas de instabilidade conhecidas por Ondas de Leste, e as águas mais quentes que o normal na costa, deverão provocar precipitações acima da média desde a costa de Alagoas até o litoral do Maranhão. Esperam-se precipitações acima da média também em boa parte do sertão de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Por outro lado, a previsão para boa parte da Bahia é de precipitações abaixo da média nos próximos meses.

Na região Norte, as precipitações devem ficar concentradas sobre a costa do Pará e do Amapá, por conta do efeito de brisa e de áreas de instabilidade e entre o Acre, sul do Amazonas e Rondônia, por conta da entrada freqüente de frentes frias pelo país. Por outro lado, boa parte do Amazonas e interior dos Estados do Amapá e Pará registrarão precipitações abaixo da média, inclusive com desvios negativos significativos em áreas próximas da divisa entre o Pará e Amapá.

Na costa norte do Nordeste, o excesso de chuvas e nuvens fará com que o inverno termine menos quente que o normal. Por outro lado, a falta de chuvas no interior do Amapá fará com que a estação seja mais quente do que de costume.