| 13/06/2009 16h10min
Atualmente 50% do potássio das plantações de cana-de-açúcar pode ser reposto pela cobertura da palha deixada no campo após o corte da cana.
– A medida reduz a aplicação e os gastos com fertilizantes nos canaviais – avalia o presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana), Ismael Perina, que participou nesta semana do Workshop Intergovernamental sobre a Cana e Diversificação, em Ribeirão Preto.
Perina acrescenta que 65% da colheita da cana na região centro-sul já é mecanizada, reduzindo drasticamente as queimadas da palha e seus efeitos no meio ambiente. Ele informou ainda que cerca de 75% da frota de aviões agrícolas são movidos a etanol, provenientes das próprias usinas, medida que minimiza os custos na propriedade.
Outro fator apontado pelo presidente da Orplana são os ganhos de produtividade com o uso da vinhaça, rica em potássio e considerada um coproduto da cana. A vinhaça é adicionada à
água para ser aplicada no canavial, a chamada fertirrigação.
– Também reduz os gastos com a aplicação deste fertilizante – explica Perina.
Durante o encontro o diretor executivo da Organização Internacional do Açúcar (ISO, sigla em inglês), Peter Baron, se referiu ao Brasil como “berço da diversificação” de produtos que têm a cana como matéria-prima.
– A economia mundial mudou radicalmente nos últimos anos pelo aumento de pressões ambientais. Por isso, a produção de etanol e bionergia (alternativas ao açúcar) é muito importante – informou.
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