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 | 10/06/2009 18h41min

Termina greve de fome de manifestantes do Pará em Brasília

Eles aguardam solução do governo para manter famílias em propriedades que foram incluídas em reserva indígena

Atualizada em 10/06/2009 às 21h12min Letícia Luvison | Brasília (DF)

Terminou nesta quarta, dia 10, a greve de fome dos produtores rurais do Pará que ocupavam a frente do Ministério da Justiça, em Brasília, desde esta segunda. Eles aguardam uma solução definitiva do governo para manter as mais de duas mil famílias nas propriedades, que foram incluídas em uma reserva indígena.

Em 2007, o governo federal aumentou de 276 para 773 mil hectares a reserva indígena Apyterewa, localizada no município de São Felix do Xingu, no sul do Estado do Pará. Com a nova demarcação, cerca dois milhões de pés de cacau, cultivados na área por mais de duas mil famílias, passaram a fazer parte da terra indígena.

Os agricultores foram recebidos nesta quarta apenas por técnicos do governo que marcaram uma nova reunião para a próxima semana. Incra, Funai e Ministério da Justiça prometeram buscar uma solução.

O caso dos agricultores paraenses é parecido com o da reserva Raposa Serra do Sol, em que a justiça determinou a retirada de produtores rurais de áreas indígenas em Roraima. De acordo com o Ministério da Justiça, como a demarcação da reserva no Pará já foi homologada, o governo precisa  buscar uma saída legal para a situação desses produtores.

Segundo os agricultores, o governo prometeu fazer uma vistoria para avaliar a situação das famílias, mas não cumpriu e agora pede a saída deles do local. Os manifestantes querem permanecer nos 280 mil hectares, onde já vivem desde a década de 80. Caso não sejam atendidos, os produtores vão retomar a mobilização.

— Mais gente vai chegar, e vamos ficar lá na frente — declarou o produtor rural José Aparecido Barizon.

CANAL RURAL
Elza Fiúza/ABr / 

Produtores e agricultores da Reserva Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no Pará, protestam na Esplanada contra o descumprimento do acordo assinado com o Ministério da Justiça sobre a demarcação das terras
Foto:  Elza Fiúza/ABr


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