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 | 08/06/2009 15h33min

Lula decide entrar na negociação para definir comando da CPI da Petrobras

A expectativa é de que os nomes sejam definidos e a CPI instalada na próxima quarta-feira

Diante do impasse entre PT e PMDB para definir os nomes que vão ocupar a presidência e a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tomar parte nas negociações. Lula irá discutir o assunto com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com os líderes do PT e do PMDB na Casa, Aloizio Mercadante (SP) e Renan Calheiros (AL), respectivamente.

Segundo o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, a intenção de Lula é "assuntar sobre a montagem da relatoria e da presidência". Questionado se não é preocupante o presidente Lula ter que chamar para si a responsabilidade de intervir em uma negociação que deveria ser resolvida entre os dois partidos da base aliada, e se essa não seria uma forma de pôr panos quentes no impasse, Múcio negou:

— Não há necessidade de panos quentes, está-se discutindo apenas quem vai participar.

O ministro disse que a expectativa é de que os nomes sejam definidos, e a CPI instalada na próxima quarta-feira (10). Na avaliação de José Múcio, uma vez instalada a CPI, não será possível escapar ao "tom político" durante o andamento dos trabalhos.

— É uma CPI importantíssima. A apenas um ano das eleições, não vamos conseguir fugir de um tom político. Isso é do próprio sentimento da Casa (Senado), seja lá de que lado for.

Múcio, no entanto, acredita que não haverá interesse dos oposicionistas em fazer "pirotecnia" durante a CPI.

— Acho que a própria oposição, que fez questão de instalar a CPI, não vai ter interesse em pirotecnia. Algumas coisas vão ser esclarecidas e o esclarecimento interessa também ao governo.

O ministro fez as declarações após a reunião de coordenação política, na qual o assunto foi discutido por ministros e pelo presidente Lula. Outro tema discutido na reunião foi o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), considerado positivo pelos participantes. Diferentemente do habitual, desta vez, não foi feito um panorama da situação econômica, já que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não participou da reunião, porque cumpria agenda fora de Brasília.

AGÊNCIA BRASIL
 
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