| 03/06/2009 20h08min
O arroz produzido no Brasil vai seguir um padrão oficial que já é adotado por outros países. A ideia é acabar com problemas na comercialização como a maquiagem de produtos que enganam os consumidores.
O novo padrão oficial do arroz ainda está sendo elaborado pela câmara setorial. A implantação das novas regras prevista inicialmente para entrar em vigor neste mês foi prorrogada para março do ano que vem, mas a ideia é concluir as mudanças e anunciá-las até setembro para que os produtores plantem a próxima safra de verão já sabendo como vai funcionar a nova classificação.
– Pode ser desclassificado em alguns fatores, e isso vai trazer problemas comerciais futuramente. Por isso, na próxima safra o nosso produtor de arroz já deve estar apto e ciente do que vai ser as variedades que ele vai plantar em função das novas exigências – explica Francisco
Lineu Chardong, presidente da Câmara Setorial do Arroz.
A padronização do arroz, além de colocar o produto brasileiro em dia com as normas internacionais, pretende garantir aos consumidores um alimento de qualidade. Nada de arroz quebrado ou disfarçado.
– Ele muitas vezes compra um determinado produto pensando que é um tipo 2, e é muitas vezes um tipo 3 maquiado que transformou em 2 – diz Chardong.
Além de garantir a qualidade do produto que é vendido para a indústria, a câmara setorial também pretende classificar o produto que vai para a gôndola do supermercado.
– Qualidade é fundamental – destaca o presidente da Câmara.
Por causa da boa colheita deste ano, estimada em mais de 12 milhões de toneladas, os preços do produto despencaram. A saca de 50 e 60 quilos está valendo R$ 24, enquanto os custos de produção são de R$ 33. Por isso, na próxima sexta-feira o governo vai enxugar um pouco o mercado e adquirir R$ 50 milhões na compra de 96 mil toneladas de arroz do Rio Grande do Sul ao preço mínimo de R$ 25,80 por saca.
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