O Brasil foi o maior consumidor de defensivos agrícolas em 2008. O setor movimentou mais de US$ 7 bilhões e o país liderou a liste dos países com o maior uso de tecnologia no campo. Porém, os negócios diminuíram neste ano.

Entre janeiro e abril, as vendas de agrotóxicos somaram cerca de US$ 1,2 bilhão. Foram US$ 400 milhões a menos que no mesmo período de 2008, o que significa uma queda de 26%. A maior parte desta baixa foi registrada no segmento de inseticidas.

— Os nossos agricultores estão apreensivos, estão com dificuldade de crédito, e estão aguardando o que vai acontecer na safra a partir de setembro, outubro, quando começa a se definir a área a ser cultivada, principalmente, soja, milho, algodão, cana e citrus — disse o diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), José Otávio Menten, nesta segunda, dia 1º, durante um almoço em Brasília.

A Andef acredita em uma leve recuperação do setor nos próximos meses. Porém, a estimativa para o ano é de retração. As vendas de defensivos devem fechar 2009 com uma redução de 10% a 15%.

O diretor da Associação faz um alerta aos produtores que pensam em diminuir o uso de tecnologia. Segundo ele, as pragas podem afetar em até 40% da produtividade e o prejuízo pode ser maior que a economia.

— Se ele tiver que optar entre reduzir área ou usar tecnologia, nós recomendamos que ele reduza área e use o máximo de tecnologia para ter maior chance de ter uma receita positiva — completou José Otávio Menten.