Começou oficialmente nesta quinta-feira o 9º Congresso Mundial de Viagem e Turismo (WTTC), em Florianópolis. Realizado pela primeira vez em um país do Hemisfério Sul, o WTTC reúne os maiores empresários do turismo do mundo.

Na cerimônia de abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva salientou as ações do governo federal para fomentar o turismo no Brasil:

— Entendemos que o turismo é uma indústria do desenvolvimento cultural e econômico, além de gerador de empregos e distribuidor de renda.

Lula também disse que estuda uma política para estimular a aviação regional. Segundo ele, um dos objetivos é criar rotas para o interior do país.

— Se as empresas grandes querem ganhar dinheiro fazendo voos de capital a capital é um direito delas. Mas o Estado brasileiro precisa garantir que uma cidade média possa ter um pequeno voo para outra cidade média — disse.

O presidente executivo do WTTC, Jean-Claude Baumgarten, agradeceu as autoridades brasileiras pelo apoio recebido no país. Segundo ele, os integrantes do WTTC tentam há anos convencer os governantes da importância do turismo para a economia global, mas no Brasil não foi necessário tal esforço. Baumgarten disse que o Brasil sabe, exatamente, a importância do setor.

Discursaram ainda na cerimônia de abertura o presidente do Conselho Consultivo do WTTC, Geoffrey Kent; o ministro do Turismo, Luiz Eduardo Barreto; o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira; e o prefeito de Florianópolis, Dário Berger.

Um dos pontos negativos da cerimônia foram os longos discursos das autoridades brasileiras. O início do evento atrasou em mais de uma hora e, ainda assim, os governantes não perderam a oportunidade de fazer seus discursos políticos. O desconforto entre o público presente foi visível.

O turismo em Santa Catarina

Entre os destaques na abertura do evento está também o resultado de uma pesquisa realizada pelo WTTC em Santa Catarina. Segundo o estudo, o setor de viagem e turismo deve dobrar em Santa Catarina nos próximos 10 anos. Atualmente, o setor é responsável por 12,5% do PIB local, o que equivale a US$ 6,4 bilhões, e deve crescer 4,5% ao ano, chegando a uma fatia de US$ bilhões do PIB em 2019.

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