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 | 14/05/2009 09h59min

Agência de Energia prevê para 2009 maior queda da demanda de petróleo em 28 anos

Consumo deve ser de 83,2 milhões de barris diários este ano

A Agência Internacional da Energia (AIE) revisou hoje suas previsões sobre o consumo mundial de petróleo em 2009. A conclusão é de que este ano deve ter a maior queda anual da demanda desde 1981. A AIE estima, em seu mais recente relatório mensal sobre o mercado do petróleo, que o consumo chegará este ano a 83,2 milhões de barris diários.

Este balanço representa uma queda de 2,6 milhões de barris (-3%) a respeito de 2008. É uma previsão inferior à que a AIE tinha publicado em seu relatório anterior, no qual incluía uma previsão de consumo de 83,4 milhões de barris diários em 2009. Esta revisão para baixo diz respeito aos dados preliminares de consumo "mais fracos que o previsto" em países como China, Estados Unidos e Rússia.

Para os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os especialistas da AIE que elaboraram este relatório preveem que o consumo cairá este ano em 2,4 milhões de barris diários (5,1%), para 45,1 milhões de barris. A AIE afirma que estas previsões sobre a demanda de petróleo estão em linha com o previsível desenvolvimento econômico, levando em conta que, este ano, a economia mundial contrairá 1,4% e que "se recuperará de forma considerável em 2010".

Sobre a oferta, o relatório publicado hoje indica que, no mês de abril, aumentou em 230 mil barris ao dia, devido, principalmente, ao aumento de produção estipulado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Com esse aumento, quebra-se a tendência de baixa dos últimos sete meses, segundo o texto da AIE, organização que reúne os grandes países consumidores do mundo desenvolvido.

Quanto às reservas de petróleo dos países-membros da OCDE, aumentaram em 15,4 milhões de barris em março, para 2,745 bilhões de barris. Esse é um volume 6,7% acima dos níveis do ano anterior. Sobre os preços, a AIE lembra que se fortaleceram nos últimos meses, até alcançar um máximo de entre US$ 58 e US$ 60 por barril no início de maio.

No entanto, este aumento não se traduziu ainda em "sinais de recuperação da demanda" e o mercado continua "fraco", insiste o relatório. A AIE já tinha advertido em seu relatório anterior, publicado em 10 de abril, que por causa do nível de preços relativamente baixos atualmente, existe um risco maior que o mercado volte a ficar em tensão quando a economia e a demanda se recuperarem.

Para colocar isso em evidência, indicou na época que a queda dos investimentos na atividade de prospecção e extração ficará este ano mais próxima a 20% do que a 10%, o que significa adiamento ou abandono de projetos de poços que poderiam fazer falta no futuro.

EFE
 
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