O impacto da edição da revista Veja deste final de semana agitou os corredores do Palácio Piratini na manhã deste sábado. Em razão da repercussão da reportagem, a governadora Yeda Crusius, realizou uma coletiva de imprensa na sede do governo gaúcho para esclarecer as denúncias detalhadas por Magda Koenigkan, viúva do ex-assessor Marcelo Cavalcante. A governadora Yeda Crusius afirmou no final da manhã deste sábado se tratar "de mais um capítulo da mesma novela" e desqualificou as fontes da revista.

Clique na foto abaixo e ouça o áudio completo da coletiva de imprensa:

Yeda disse que não leu ainda a reportagem, pois quer ler a edição impressa da revista. Ao ser questionada sobre o pagamento mensal de R$ 10 mil a um sindicato de construção de estradas citado na matéria, a governadora respondeu:

— É uma versão que ela está criando para se livrar da hipótese de suicídio induzido, o que é muito grave. Ela disse ter ouvido de uma pessoa que não pode mais falar. Marcelo está morto — afirmou Yeda.

— Queria que todas as provas aparecessem para tudo ser depurado e para a sociedade se tranqüilizar sobre suas instituições — cobrou a governadora.

Sobre a arrecadação de verbas durante a campanha eleitoral de Yeda, a governadora afirmou que somente orientou a arrecadação:

— Não tomei conta de cada abertura de porta, cada conversa e cada reunião. Estava tudo aberto, podiam filmar. Carlos Crusius recebeu a todos, ouviu a todos. Ele jamais foi arrecadador de campanha.

E acrescentou em relação à atuação da agência DCS:

— A agência diz que não pagou as despesas. Já respondeu. O que aconteceu é que a DCS participa de licitações e presta serviços e pode responder por si.

Yeda destacou ainda que o bom momento do Estado "não merece ser sobrepujado" por uma notícia que ela considera não ser novidade. Na manhã de sábado, antes de se pronunciar, Yeda se reuniu com os secretários Erik Camarano (de Governo) e Carlos Otaviano Brenner de Moraes (Transparência), para afinar o discurso. Ela chegou ao Piratini às 10h30min.