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 | 07/05/2009 09h15min

Israel permitiu venda de frangos e porcos com arsênico por quatro anos

Uso da substância teve consentimento do Ministério da Agricultura do país

O Ministério da Agricultura de Israel permitiu entre os anos de 2003 e 2007 a venda de frangos e porcos que tinham sido alimentados com ração que continha arsênico, segundo resultados de investigação divulgada nesta quinta, dia 7.

De acordo com o relatório do controlador estatal, Micha Lindenstrauss, no final de 2003, o ministério permitiu que os criadores usassem ração que continha um estimulante ao crescimento com arsênico, apesar do uso desta substância em produtos químicos e hormônios ser proibido no país desde 1959. As informações foram publicadas nesta quinta pelo jornal Ha'aretz.

A investigação mostra que nos anos de 2005 e 2006 foram detectados em frangos israelenses destinados ao consumo humano restos desta substância, que se acumula no fígado e no tecido adiposo e pode, inclusive, em pequenas quantidades, causar problemas cardíacos, circulatórios, digestivos, perda de funções mentais e câncer.

O arsênico também gera grandes riscos ambientais se seu pó entrar em contato com as fontes de água naturais.

Apesar disso, em outubro de 2006, o Ministério da Agricultura, cujo titular era o atual ministro dos Transportes israelense, Yisrael Katz, não agiu para impedir o uso da substância, que continuou sendo utilizada até abril de 2007.

"O ministério favoreceu a postura dos agricultores, que tinham considerações econômicas em mente, e não levou em conta os danos ambientais e o interesse público", indica o relatório do controlador.

AGÊNCIA EFE
 
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