Notícias

 | 04/05/2009 13h17min

Prefeituras discutem medidas para atenuar efeitos da estiagem no RS

No total, 152 municípios gaúchos decretaram situação de emergência

Representantes de 21 municípios da região noroeste gaúcha se reúnem na tarde desta segunda-feira para discutir medidas imediatas para atenuar os efeitos da estiagem. Entre elas estão a suspensão das aulas e, consequentemente, do transporte de alunos para economizar dinheiro. Segundo o prefeito de Três Passos, Cleri Camilotti, o município gasta por dia até R$ 10 mil para levar água a 300 famílias na zona rural.

Em Erechim, o racionamento de água começou ao meio-dia. A cidade foi dividida em duas para rodízio de 14 horas no abastecimento. No total, 152 municípios gaúchos decretaram situação de emergência devido à estiagem até agora.

Seca pelo Estado

Confira como está a falta de abastecimento de água em cidades gaúchas

Passo Fundo - Com situação de emergência decretada, o município sofre com a falta de água no meio rural e com as perdas nas culturas de milho, soja e leite. A barragem Fazenda da Brigada Militar está três metros abaixo do nível e cai 5 centímetros por dia.

São Valentim - O município está sem água há 30 dias, e a população só recebe água 12 horas por dia. Ainda assim, para garantir o abastecimento a Corsan busca água no município vizinho de Erval Grande, com caminhões-pipa.

Floriano Peixoto - Os três poços que abasteciam a cidade estão sem vazão e um deles secou totalmente. As famílias enfrentam racionamento de água há 40 dias, e só recebem água durante quatro horas por dia.

Carazinho - Em situação de emergência, o município está sem água para abastecimento humano e animal no interior do município. As perdas na agricultura chegam a 50% em algumas culturas como milho e soja. A seca provocou perda total da safrinha de feijão.

Candiota - Cerca de 200 famílias estão com problemas de abastecimento de água na zona rural do município. A cada dois dias, um caminhão-pipa com 8 mil litros de água vai até as regiões que estão nessa situação para fazer a distribuição de água. Os assentamentos são os mais atingidos com a estiagem. O prefeito José Carlos Folador (PT) decretou situação de emergência na quarta-feira.

Aceguá - A prefeitura já cadastrou 62 famílias que estão com problemas de abastecimento na área rural do município. Semanalmente, um caminhão-pipa de 8 mil litros faz a distribuição nas zonas atingidas. A cada visita do veículo, o número de famílias sem água aumenta.

Bagé - Até a tarde de hoje, as barragens de Bagé seguiam em ritmo de queda no níveis de água. A Barragem da Sanga Rasa estava com 5m40cm abaixo do normal. A Piraí com 5m25cm abaixo. O Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb) ainda não fala em racionamento.

Barra do Quaraí - A cidade sofre com a falta de chuva desde outubro. Na zona rural, açudes e sangas secaram e a prefeitura está realizando abastecimento com caminhão-pipa. O caminhão do Corpo de Bombeiros também auxilia no abastecimento. A localidade mais afetada é Guterres, com 23 famílias. Plantações de abóbora e melancia foram prejudicadas. Em função das pastagens estarem secas, o gado de corte está perdendo peso.

Panambi - A prefeitura está distribuindo cerca de 80 mil litros de água potável para comunidades do interior afetadas pela seca. Em algumas propriedades, a estiagem também prejudica o acesso a água pelos animais. O município decretou emergência na quarta-feira.

Humaitá - Os açudes secos pelo interior do município obrigam a prefeitura a levar água em um caminhão-pipa. Também estão sendo abertos bebedouros para hidratação dos animais. Na localidade de Boa Esperança, falta água para consumo das famílias, que precisam recorrer a poços artesianos de vizinhos ou adquirir água em mercados. Um poço artesiano já perfurado deve ser ligado nos próximos dias para resolver o problema.

Tenente Portela - Cerca de 150 mil litros de água estão sendo entregues diariamente pela prefeitura a localidades do interior. No cadastro da Secretaria da Agricultura estão 150 famílias que necessitam de água para consumo humano e 120 que precisam para os animais. A água potável é levada em um tanque-pipa cedido pela Defesa Civil do Estado, um próprio da prefeitura e um caminhão de leite fretado. Um caminhão de transporte de dejetos de suínos está sendo usado para levar a água aos animais. A prefeitura já abriu 250 fontes e bebedouros e mais 350 pedidos aguardam disponibilidade das máquinas para serem realizados.

Tupanciretã - Cerca de 30 mil litros de água por dia estão sendo distribuídos a 750 famílias do interior. A situação mais grave é no assentamento São Domingos, onde 38 famílias estão sem água e um caminhão-pipa precisa encher a caixa de água da localidade. Uma retroescavadeira trabalha abrindo bebedouros para os animais nas propriedades. Até agora, foram feitas em torno de 300. A prefeitura tem projeto para construção de 10 poços artesianos nas próximas semanas.

Santo Antônio das Missões - Sem chuva forte desde dezembro do ano passado, começa a faltar água nos poços artesianos de diferentes comunidades no interior. Sem caminhões-pipa para levar água à população, muitas pessoas precisam percorrer longos trajetos atrás de água para consumo humano e animal. Algumas das localidades mais atingidas são Taquara Mansa, Rincão de São Pedro, Rincão da Chácara e Manoã.

RÁDIO GAÚCHA
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.