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 | 04/05/2009 11h16min

Mercado mantém previsão da Selic em 9,25% este ano

Para 2010, analistas esperam aperto monetário, com a elevação da taxa para 9,5% até dezembro do ano que vem

Na primeira divulgação da projeção do mercado financeiro para a taxa básica de juros brasileira, a Selic, após a reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom) - que reduziu o juro básico em um ponto porcentual para 10,25% ao ano - foi mantida a expectativa de que o Banco Central deve reduzir a Selic em mais um ponto porcentual até o fim deste ano. Segundo a pesquisa Focus, divulgada esta manhã pelo BC, o juro básico brasileiro deve cair mais 0,75 ponto porcentual na reunião do Copom em junho, para 9,50% ao ano, e depois mais 0,25 ponto porcentual no encontro de julho, para 9,25% ao ano.

Este nível seria mantido até o fim de 2009, segundo a mediana das projeções de aproximadamente 80 instituições financeiras. Os números são idênticos aos observados há uma semana, portanto, antes da decisão do Copom.

Para 2010, analistas esperam o início de um aperto monetário, com a elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual até dezembro do ano que vem, o que levaria a Selic para 9,50% anuais. Esta projeção também era indicada na semana passada.

O mercado financeiro não alterou a previsão para o indicador oficial de inflação do País este ano. Segundo a pesquisa Focus, a mediana das estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2009 permaneceu em 4,30%. Para 2010, após quatro quedas seguidas, a estimativa subiu de 4,30% para 4,32%.

Em ambos os casos, a previsão do mercado permanece abaixo do centro da meta de inflação para 2009 e 2010, de 4,5%, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). A margem de tolerância para ambos os períodos é de dois pontos porcentuais, para baixo ou para cima.

PIB

Pela segunda semana consecutiva, o mercado financeiro melhorou as previsões para o comportamento da economia brasileira este ano. Segundo a pesquisa divulgada hoje pelo BC, a estimativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 foi novamente atenuada, de uma queda de 0,39% para uma retração de 0,30%. Para 2010, a previsão de crescimento foi mantida em 3,50% pela nona semana consecutiva.

No mesmo levantamento, a estimativa de retração do setor industrial em 2009 também teve melhora, de uma diminuição da atividade de 4% para uma queda de 3,84%. Para 2010, a mediana das previsões sinaliza crescimento de 4% pela 11ª semana seguida.

Câmbio

Analistas cortaram a previsão para o nível do dólar em relação ao real no fim deste ano. A previsão para a cotação da moeda norte-americana no fim de 2009 caiu de R$ 2,25 para R$ 2,20. Para o fim de 2010, a previsão caiu de R$ 2,27 para R$ 2,25.

Contas externas

Pela sexta semana consecutiva, analistas melhoraram a previsão para o déficit em conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior) em 2009, segundo a pesquisa Focus. No levantamento, a mediana das previsões diminuiu de US$ 19,5 bilhões para US$ 19 bilhões. Para 2010, a previsão de déficit caiu de US$ 23,55 bilhões para US$ 22,5 bilhões. A previsão para o próximo ano teve a terceira melhora seguida.

Ainda segundo o levantamento, a previsão de superávit comercial em 2009 subiu de US$ 16 bilhões para US$ 17 bilhões. Para 2010, a estimativa de saldo comercial foi mantida em US$ 15 bilhões.

Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009, que permanece em US$ 22 bilhões pela sétima semana seguida. Para 2010, a estimativa de entrada do capital externo produtivo seguiu em US$ 25 bilhões, número repetido há 23 pesquisas.

Agência Estado
 
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