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 | 01/05/2009 18h03min

Ministro do trabalho diz que não é hora de demitir

Multidão de trabalhadores acompanhou o ato político e os 30 shows em São Paulo

Atualizada às 21h22min Renata Maron | São Paulo (SP)

O Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que é hora de acreditar no Brasil e não de demitir. Ele participou nesta sexta, dia 1º, em São Paulo, da festa da força sindical. Uma multidão de trabalhadores acompanhou o ato político e os 30 shows na zona norte da capital.

No discurso aos trabalhadores, o ministro disse que o brasileiro não pode pagar pela crise que ele não criou. Carlos Lupi também falou que não é momento para demissão e que o Brasil vai ser o primeiro país a sair da crise.

— A economia brasileira está dando resposta imediata. O governo está agindo nos setores mais graves da crise, principalmente naqueles focados para a exportação. Estamos trabalhando com a liberação de recursos, fazendo investimentos sempre em contrapartida da garantia de postos de trabalho. E eu acho que esta página da crise está sendo virada no Brasil — comentou o ministro.

Carlos Lupi também declarou que o mês de abril vai ser melhor do que o de março na criação dos empregos formais. O ministro ainda disse que antes de anunciar outras medidas de incentivos aos setores, primeiro vai analisar o que já foi feito. Sobre a polêmica em relação à poupança, ele aproveitou para comentar que o governo não vai prejudicar as pessoas que investem nela.

— Primeiro porque a poupança é segura. Segundo porque o governo brasileiro tem muita responsabilidade de não alterar nada que traga prejuízo aqueles que mais necessitam de ter seu dinheirinho respeitado. Jamais o governo do presidente Lula fará nada para prejudicar o pequeno ou o médio poupador — afirmou Lupi.

O presidente da força sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, falou da dificuldade que a cadeia produtiva da carne vem enfrentando. Segundo ele, 40 mil empregos diretos no setor já foram perdidos. Ele afirmou que apesar da liberação do crédito de R$ 10 bilhões para o agronegócio, ainda é difícil ter esses recursos em mãos.

— Se o empresário precisar e for lá pegar no Banco do Brasil, é perigoso ele ir preso na porta. Então, nós precisamos ter uma linha de crédito, mas com transparência e facilidade para que o empresário possa ter rapidamente este recurso, para manter a cadeia produtiva e gerar emprego, ou recontratar as pessoas que perderam o emprego — explicou Silva.

O evento que reuniu diversos parlamentares teve como tema deste primeiro de maio a seguinte frase: Toda força pelo trabalho decente.

— Os trabalhadores todos sabem, vivem hoje uma expectativa de que a crise possa ser mais passageira possível uma crise que não é brasileira, tem origem em outros países, mas que nos atingiu. Mas que possamos usar nossa criatividade, incentivos, investimentos, gerar empregos tão necessários para a classe trabalhadora brasileira — concluiu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Os trabalhadores também puderam se divertir, com a apresentação de 30 shows gratuitos. O momento contou com a presença dos sertanejos.

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