| 25/04/2009 15h52min
Dilma Rousseff tem pela frente uma luta contra um adversário poderoso — infinitamente mais poderoso do que todos os que enfrentou em sua curta e agitada vida. Quem a conhece torce para que ela não se curve diante dele e, boa de briga, consiga vencê-lo.
Não faltam sinais de que a batalha não está perdida de antemão. Os médicos garantem que, se for seguido um tratamento rigoroso, as chances de cura são de mais de 90%. O vice-presidente José Alencar, quase octogenário, trava uma luta de mais de 10 anos contra o câncer sem jamais perder a confiança e o bom humor e já pode ser considerado um vencedor. Todos os brasileiros que já testemunharam na própria pele ou na de pessoas próximas a agressividade da doença diagnosticada pelos
médicos da ministra sabe que uma luta como a que ela acaba de
iniciar exige força de vontade, disciplina e dedicação total. Nada disso lhe falta.
Dilma já adiantou que não vai diminuir o ritmo de trabalho. Mas o equilíbrio entre as obrigações de ministra, candidata e paciente é delicado. Decidir em cada momento até onde ir e o que sacrificar é uma prerrogativa que a ministra não pode delegar a ninguém — mas é inegável que seus aliados, especialmente o presidente Lula, fazem neste momento uma profunda reflexão sobre o quanto podem exigir de sua companheira. Como candidata à Presidência e paciente de quimioterapia, Dilma terá uma batalha em duas frentes. Não há situação mais difícil para um combatente.
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