| 19/04/2009 12h06min
Paradas há 23 anos, as obras da Usina Angra 3 serão retomadas. Nenhuma licitação foi aberta. De acordo com informações publicadas na edição deste domingo, dia 19, do jornal Folha de São Paulo, a concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez em 1983, no governo de João Baptista Figueiredo (1979-1985), foi renovada.
A falta de recursos públicos fez com que a construção tivesse de ser suspensa em 1986. Hoje, porém, a obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Estima-se que seu custo tenha saltado de US$ 1,8 bilhão para cerca de US$ 3,3 bilhões. A alta se deve à variação cambial, segundo a Eletronuclear, estatal subsidiária da Eletrobrás, responsável por operar e construir as usinas termonucleares no país.
O canteiro de obras de Angra 3 foi preservado ao custo de US$ 20 milhões por ano, pagos pelo governo.
Em entrevista à Folha, o engenheiro Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente da Eletronuclear,
o governo brasileiro tem a obrigação legal
de cumprir todos os acordos fechados para construir Angra 3, ainda que eles tenham sido assinados 26 anos atrás e estejam paralisados há décadas. Já a Andrade Gutierrez, que está entre os maiores doadores do PT, nega favorecimento.
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