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 | 16/04/2009 09h22min

Produção industrial da zona do euro tem queda recorde

Total de fevereiro de 2009 foi 18,4% menor que o mesmo mês do ano passado

A produção industrial da zona do euro registrou queda recorde de 18,4% em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado, uma vez que a produção diminuiu em todos os setores e nas principais economias da região, informou hoje a agência de estatísticas Eurostat.

Em relação a janeiro, a produção caiu 2,3%. Economistas esperavam queda de 2,3% na comparação com o mês anterior e declínio de 17,5% em base anual. Desde janeiro deste ano, a zona do euro é formado por 16 países europeus que compartilham a moeda. Até dezembro do ano passado, 15 países europeus formavam a eurozona.

A agência de estatísticas Eurostat revisou os dados de janeiro deste ano para queda de 2,4% em relação a dezembro do ano passado e declínio de 16% na comparação anual. Originalmente, a agência estimava recuo de 3,5% em base mensal e de 17,3% em termos anuais. A produção de bens de consumo duráveis caiu 4,3% em fevereiro ante janeiro e despencou 22,1% na comparação com igual mês de 2008. A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) recuou 3% ante mês anterior e 24,7% em base anual, enquanto a produção de bens intermediários teve queda de 2,4% ante janeiro e de 24,2% ante fevereiro do ano passado.

Entre os países, a Alemanha registrou queda de 3,2% na produção industrial em fevereiro ante janeiro, enquanto a Itália teve declínio de 3,6% na mesma base de comparação, atingindo a maior queda registrada entre os 16 países do bloco. Na França, a produção industrial caiu 0,5% em base mensal e, na Espanha, o recuo foi de 1,7%. Já nos 27 países europeus que formam a União Europeia (UE), a produção caiu 1,9% em fevereiro ante janeiro e 17,5% em comparação anual.

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro subiu 0,6% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, depois de avançar 1,2%, em base anual, em fevereiro. É a menor alta dos preços desde que os registros foram iniciados, em 1996, informou hoje a Eurostat.

Em relação a fevereiro, o CPI subiu 0,4%. O núcleo do CPI — que exclui as variações de preços de energia, alimentos, álcool e tabaco — subiu 1,5% em março em comparação a março do ano passado. Em relação a fevereiro, o núcleo avançou 0,7%. Os componentes do índice de inflação que exerceram maior pressão de queda dos preços foram os combustíveis para transporte, o óleo para calefação, telecomunicações, equipamentos audiovisuais, computadores, leite, queijo e ovos.

Já os componentes que causaram maior impacto de alta da taxa de inflação foram o gás, restaurantes e cafés, eletricidade, manutenção de veículos, carne e aluguéis. De qualquer forma, os números ficaram em linha com a previsão de economistas e confirmam as estimativas prévias divulgadas pela Eurostat no fim de março. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado
 
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