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 | 15/04/2009 00h11min

Aumenta o número de caminhões-pipa que abastecem o Oeste de Santa Catarina

Veículos são responsáveis pelo transporte de um terço do que é consumido de água em Chapecó

Darci Debona  |  darci.debona@diario.com.br

Subiu de 35 para 50 o número de caminhões que buscam água no rio Uruguai para abastecer Chapecó. O horário de transporte também foi ampliado e o número de viagens diárias chega a 300, segundo o superintendente regional de negócios da Casan para a região Oeste, Paulo Christ.

Com isso o volume diário de água transportado é de 10 milhões de litros.

— Aumentamos o transporte em 25% — disse Christ.

Cerca de um terço do consumo diário de Chapecó está sendo transportado por caminhões. Isso que o consumo reduziu de 37 milhões de litros por dia para 30 a 32 milhões por dia. Cada caminhão transporta entre 30 e 35 mil litros de água e leva uma hora e 15 minutos para percorrer os 29 quilômetros do rio até a barragem de Engenho Braun, onde foi improvisado um reservatório ao lado do Lajeado São José.

— Está difícil por causa do trânsito no centro da cidade — disse o motorista Antonio Adilson da Rocha, que veio de Ponta Grossa (PR) para transportar água em Chapecó.

Rocha afirmou que se houvesse um desvio com uma rua preferencial para os caminhões, o transporte de água ficaria mais rápido. Cerca de 80 funcionários de uma agroindústria da cidade se revezam no trabalho de encher e esvaziar os caminhões. Em troca a indústria utiliza a água da barragem do Rio Tigre, que não é recomendada para o consumo humanos mas serve para a limpeza.

Paulo Christ disse que a agroindústria está bancando 35 caminhões e a Casan mais 15 veículos. O transporte de água começou na quarta-feira da semana passada devido ao baixo nível do reservatório da barragem de Engenho Braun.

Sete cidades sofrem com a falta de abastecimento

Além de Chapecó, que tem rodízio no fornecimento de 12 em 12 horas, outras sete cidades estão com dificuldades no abastecimento urbano: São Miguel do Oeste, Maravilha, Cunhataí, Guaraciaba, Jardinópolis, Anchieta e Bandeirante e Xanxerê. A Defesa Civil do Estado já registra 32 municípios em emergência. A perda na agropecuária, principalmente milho e leite, chega a R$ 12 milhões.

 

Raquel Heidrich / 

O número de carretas que diariamente transportam água do Rio Uruguai para abastecer a cidade subiu para 50 nos últimos dias
Foto:  Raquel Heidrich


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