O futuro do Grêmio pós-Celso Roth passa pelo Oriente Médio. Nos próximos dias, os xeques árabes darão a palavra final sobre duas contratações tratadas como prioridade no Olímpico: a do técnico Paulo Autuori e do meia Renato, ex-Flamengo.

Autuori é o preferido da direção para ocupar a vaga de Roth, demitido no último domingo após a quarta derrota consecutiva em Gre-Nal. Mas a vinda dele para o Olímpico depende da liberação de seu atual clube, o Al-Rayyan, do Catar, com quem tem contrato até 28 de maio.

O técnico admitiu ter sido procurado pelo Grêmio e vai conversar com os dirigentes árabes sobre a possibilidade de antecipar o fim do contrato para maio deste ano. Neste sábado, ele tem jogo decisivo pelo campeonato local. Se não vencer o Al-Sadd, perde chances de título — o que facilitaria a liberação. Caso ganhe e o líder Al-Gharafa (de Fernandão) tropece, Autuori ficaria lá até a última rodada, dia 16.

Embora não tenha fixado um prazo para contratar o novo técnico, a direção não parece disposta a esperar tanto. Enquanto aguarda a resposta de Autuori, o time seguirá sob o comando de Marcelo Rospide, ex-auxiliar de Roth. Ele deverá ser o técnico na partida contra o Universidad de Chile, na próxima terça, pela Libertadores.

— Não temos um prazo, mas temos consciência de que não podemos esperar por tempo indeterminado. O cargo exige ocupação imediata e estamos trabalhando nesse sentido — declarou o diretor de futebol André Krieger.

A situação de Renato é semelhante. O meia está no Al-Shabab, dos Emirados Árabes, e teria interesse em voltar ao Brasil. O Grêmio chegou a fazer uma pré-inscrição do jogador na CBF, mas depende da liberação do clube árabe. Nos próximos dias, o diretor executivo Mauro Galvão deve ir pessoalmente aos Emirados Árabes tentar conseguir a liberação do jogador.