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 | 10/04/2009 08h27min

AIE reduz novamente projeção para demanda de petróleo

Agência prevê contração de 1,4% do PIB mundial

A Agência Internacional de Energia (AIE) derrubou novamente a projeção para demanda de petróleo neste ano, em razão da recessão global. Até então, a entidade acreditava que a economia teria crescimento em 2009, ainda que modesto. Agora, a AIE prevê contração de 1,4% do PIB mundial.

A estimativa de demanda por petróleo neste ano foi reduzida em 1 milhão de barris por dia, para 83,4 milhões de barris por dia, queda de 2,79% em relação a 2008. Conforme o relatório mensal divulgado hoje, em Paris, o consumo no primeiro trimestre de 2009 ficou bem mais baixo do que o esperado.

— A velocidade da contração está próxima do nível do começo da década de 1980, com um consenso crescente de que a recuperação da economia e da demanda será adiada para 2010 — diz o relatório.

A agência lembra que, nos últimos dias, os mercados têm procurado por evidências de uma recuperação econômica iminente. O encontro do G-20 estimulou o sentimento, já que os líderes mundiais conjuntamente se comprometeram com o apoio ao crescimento.

No entanto, a AIE avalia que, fora o aumento de recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI), os demais compromissos do G-20 foram uma reafirmação de medidas monetárias e fiscais já existentes.

— Enquanto isso, o aumento do desemprego, a queda da produção industrial, a forte redução do comércio e, de forma geral, os desequilíbrios da demanda agregada global permanecem. Para a entidade, a alta da produção industrial da China em fevereiro foi distorcida pelo feriado do Ano Novo Lunar. Aliás, a AIE passou a projetar agora queda de 0,8% na demanda por petróleo na China, a primeira contração em 19 anos. A melhora da percepção dos mercados fez o barril superar US$ 50,00 recentemente pela primeira vez em quatro meses.

— No entanto, a persistência dos fundamentos fracos pode limitar novas valorizações por enquanto.

A oferta global de petróleo caiu 400 mil barris por dia em março, para 83,4 milhões de barris por dia. A produção nos países da Opep está na mínima de cinco anos, devido à demanda excepcionalmente fraca - uma nova reunião será feita em 28 de maio. Os estoques dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) atingiram 2,743 milhões de barris por dia em fevereiro, 7,2% acima da marca registrada há um ano.

Agência Estado
 
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