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 | 08/04/2009 23h40min

Fed prevê piora da crise nos EUA por aumento do desemprego

Banco central americano decidiu pela compra de dívida hipotecária e do Tesouro

As autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central americano) temem um agravamento da crise econômica dos Estados Unidos devido ao aumento do desemprego, a uma queda na atividade empresarial e a uma redução do consumo. As preocupações estão plasmadas em minutas divulgadas hoje da reunião que a autoridade monetária manteve em meados de março.

Como resultado, e para impedir esse agravamento, decidiram uma compra substancial de dívida hipotecária e do Tesouro.

"A deterioração das condições no mercado de trabalho foi rápida nos últimos meses, com fortes reduções dos postos de emprego em todos os setores", destacaram as minutas.

Além disso, "a produção industrial continuou se contraindo como reação à queda na demanda e ao aumento dos estoques. O crédito se restringiu bastante, se mantém a fragilidade e instabilidade dos mercados de capital e se intensificam as pressões sobre as instituições financeiras", acrescentaram.

Contribuiu a esta situação uma redução na atividade econômica externa. No final da reunião entre 17 e 18 de março, o Fed anunciou planos para comprar US$ 300 bilhões em ativos de longo prazo do Tesouro, assim como US$ 850 bilhões em dívida hipotecária para aumentar a liquidez.

De acordo com os documentos divulgados, durante o encontro os membros do Fed indicaram que existe pouca possibilidade de uma alta da inflação em decorrência do maior desemprego e da redução do consumo que se tornaram um freio para os aumentos de salários e preços.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos se elevou a 8,5% em março, o mais alto nível desde 1983.

"Vários membros manifestaram sua preocupação com a probabilidade de que a inflação se mantenha abaixo dos níveis desejados, e alguns advertiram sobre o risco de deflação", segundo as minutas.

Por outro lado, ressaltaram que não era possível interpretar como o começo de uma nova tendência um leve aumento registrado na construção de imóveis, mas lembraram também que é improvável que o setor sofra uma maior queda.

EFE
 
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