Nos três primeiros meses de 2009, foram vendidas quase 42 mil unidades de automóveis de passeio e comerciais leves no Rio Grande do Sul. O volume é 22% superior ao comercializado no mesmo período de 2008, quando os efeitos da crise ainda não haviam atingido o consumo. Enquanto isso, o Brasil teve crescimento também, mas de apenas 4%.

O presidente do Sindicato das Concessionárias do RS estima que, com o repasse da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados pelo governo federal e dos bônus das montadoras, os automóveis estão cerca de 10% mais baratos. Para Hugo Pinto Ribeiro, o melhor desempenho do estado se deve à sua recuperação econômica.

No primeiro trimestre, também cresceu a venda de ônibus no RS. Já caminhões e implementos rodoviários tiveram resultado negativo, atribuído à dependência desses segmentos do desempenho da economia. Motos tiveram queda de quase 21% nas vendas, já que 95% dos compradores dependem de crédito fácil, ainda bastante restrito desde a piora da turbulência no mercado financeiro.

Um segmento que comemora é o de tratores agrícolas, beneficiado pelo Programa Mais Alimentos do governo federal. A venda de tratores cresceu 230% no primeiro bimestre do ano. Já as colheitadeiras amargam queda de 38% na comercialização. São veículos mais caros, custando acima de R$ 300 mil, e os compradores sentem com a dificuldade de conseguir crédito.