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 | 06/04/2009 07h48min

Reunião do G-20 pode levar a retomada da rodada de Doha, diz Lula

Presidente disse que o Brasil é um exemplo a ser seguido pelo mundo

A recente reunião do G-20, realizada em Londres, para discutir a crise financeira pode levar os principais líderes do mundiais a se interessar pela retomada da rodada de Doha, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita na manhã desta segunda-feira durante o programa semanal de rádio “Café com o presidente”.

— Os líderes políticos vão começar a discutir a rodada de Doha outra vez. Todo mundo percebeu que se nós chegarmos a um acordo na rodada de Doha, um acordo comercial, a gente vai possibilitar ajuda aos países mais pobres do mundo — declarou.

O presidente considerou o Grupo dos Vinte (G-20, os países ricos e os principais emergentes) mais maduro.

— Houve consenso, e, pela primeira vez desde que eu sou presidente, participo de uma reunião em que todos os presidentes demonstraram muita maturidade para lidar com o problema da crise.

Segundo Lula, ficou claro que os emergentes não têm culpa na crise e que estavam um pouco mais preparados para o problema. De acordo com o presidente os países desenvolvidos precisam se ajustar para reparar os danos causados.

— Os países emergentes não estavam precisando apenas de ajuda dos países ricos. O que nós queríamos era que os países ricos resolvessem as suas próprias crises para que a gente pudesse voltar à normalidade. Na medida em que a economia deles para, para a economia mundial.

Lula acredita que o encontro pode ajudar a recolocar a economia mundial no caminho certo:

— Há uma vontade política, disposição de todos em tentarem resolver o problema. Pela primeira vez, eu vi os presidentes preocupados em encontrar uma saída. Foi um passo importante para que os países que estão em piores situações possam voltar a crescer em 2010. A prioridade agora é estancar a crise.

Para o presidente, a reunião do G-20 vai provocar mudanças e trazer resultados práticos:

— Tomamos uma decisão de fortalecer as instituições multilaterais de financiamento, tipo FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial, para financiar os países emergentes. O países pobres irão receber financiamento sem as condicionalidades que existiam na década de 80. Este é um passo extremamente importante.

Lula citou o Brasil como um exemplo a ser seguido pelo mundo.

— O Brasil está totalmente correto. Anunciamos um programa habitacional, um novo programa de redução de impostos para o carro, para a construção civil. Se todos os países fizerem isso nós temos uma grande possibilidade de ver o emprego voltar a acontecer na vida das pessoas.

 
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