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 | 03/04/2009 23h57min

Chapecó decreta emergência por conta da seca

Falta de chuva traz problemas ao município

Darci Debona  |  darci.debona@diario.com.br

Os cerca de 170 mil habitantes de Chapecó, no Oeste, estão em situação de emergência em razão da falta de chuva. Nesta sexta-feira, o prefeito em exercício, José Cláudio Caramori, assinou dois decretos devido à gravidade do problema. Um deles reconhece a situação de emergência no município.

Com isso, a prefeitura pode adotar medidas urgentes, como a contração de caminhões-pipa. O outro decreto autoriza que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), vai fiscalizar e aplicar multas aos consumidores que desperdiçarem água, lavando calçadas e veículos com água corrente, abastecendo piscinas ou molhando jardins. O decreto autoriza o corte do fornecimento de água por 24 horas.

De acordo com o superintendente regional de negócios da Casan no Oeste, Paulo Christ, as multas podem chegar a R$ 2 mil. Mas ele espera não precisar aplicá-las. Christ disse que, se a população não colaborar, vai faltar água.

— A barragem do Lajeado São José tem água para mais quatro dias — afirmou.

O reservatório da barragem de Engenho Braun tem menos de 30% da capacidade e 2,5 metros abaixo do nível normal. O tratamento de água, que era de 430 litros por segundo, caiu para 380. Christ destacou que é necessário reduzir o consumo para 320 litros por segundo.

O que agrava a situação são as algas na barragem do Rio Tigre, em Guatambu, que impede a utilização para o consumo humano. No verão a barragem era utilizada como reforço no abastecimento de Chapecó.

O prefeito em exercício José Cláudio Caramori ressaltou que quatro escolas e quatro centros de saúde estão recebendo água com caminhão-pipa e que se o problema persistir será preciso suspender as aulas.

Postos aderem medidas para economizar

No interior, a situação não é diferente. Cerca de 200 famílias recebem água com caminhões-pipa, segundo o secretário de Agricultura, Mauro Zandavalli.

— Temos dois caminhões e teremos que contratar mais um — disse.

Na produção agropecuária, o prejuízo estimado é de R$ 11 milhões. Em março, choveu apenas 17 milímetros no município, menor volume do mês em 40 anos de medição da estação meteorológica da Epagri. O volume representa 13% da média histórica. E não há previsão de chuva para os próximos dias.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Chapecó aderiu à campanha de conscientização no uso da água e suspendeu a lavagem de veículos nos postos associados. Atualmente a cidade está com rodízio no fornecimento de água, que é feito de 12 em 12 horas. Outras cidades com racionamento são Maravilha, São Miguel do Oeste, Guaraciaba, Jardinópolis e Cunhataí.

 
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