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 | 27/03/2003 17h55min

Rumsfeld rejeita qualquer cessar-fogo no Iraque

Para o secretário de Defesa, o ataque vai terminar somente com a queda de Saddam

A despeito de possíveis apelos por um cessar-fogo na Organização das Nações Unidas (ONU), o secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, declarou na quinta-feira, dia 27, que não haveria pausa na guerra contra o Iraque até que o presidente Saddam Hussein fosse deposto em Bagdá.

– Não tenho idéia sobre o que alguns países podem propor, mas não haverá cessar-fogo – disse o responsável pela Defesa norte-americana ao Comitê Orçamentário do Senado dos Estados Unidos.

Enquanto as forças lideradas pelos EUA avançavam rumo a Bagdá, Rumsfeld respondia a perguntas sobre informações de que a França ou talvez outro país poderia pressionar a ONU a apoiar a suspensão dos combates. A França está na vanguarda das críticas internacionais à guerra.

O secretário falou durante uma audiência de aprovação, no Congresso, para o pedido de US$ 74,7 bilhões em verbas suplementares pelo presidente George W. Bush. Ele disse que não haveria "cessar-fogo prematuro" antes que Saddam seja removido do cargo.

– A guerra vai terminar, em algum ponto. E terminará no ponto em que o regime deixe de existir. Naquele ponto, haverá uma forma de cessar-fogo – disse Rumsfeld aos senadores. 

Rumsfeld e o general Richard Myers, da Força Aérea, disseram ao comitê que não era possível prever quando a guerra acabaria, mas alegaram que o conflito envolvendo dezenas de milhares de soldados britânicos e norte-americanos contra tropas iraquianas e "fedayeen", combatentes paramilitares leais ao governo de Saddam Hussein, estava prosseguindo de acordo com o plano.

– Como esse conflito vai se desenrolar eu não sei. Não há ninguém no mundo que saiba. O regime de Saddam Hussein será removido, e a única coisa incerta é determinar exatamente quanto tempo isso vai demorar – disse Rumsfeld.

Myers disse que as forças paramilitares que atacaram unidades britânicas e norte-americanas no sul do Iraque eram apenas um "embaraço", e não estava cortando ou retardando a chegada de suprimentos no percurso entre a fronteira do Kuwait e a região ao sul de Bagdá.

– O impacto é pequeno, ou melhor, é nenhum quanto à chegada de suprimentos para nossas tropas avançadas – disse Myers.

Os críticos da campanha militar alegam que a guerra terrestre começara antes que houvesse tropas norte-americanas ou britânicas suficientes no Iraque. As forças aliadas foram atacadas no sul pelas forças dos Saddam Fedayeen, algumas delas à paisana, de acordo com Washington.

As informações são da agência Reuters.

 
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