| 31/03/2009 05h26min
Na sua primeira viagem à Europa depois de tomar posse como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama vai precisar mostrar que é muito mais do que um político carismático. Com a opinião pública a seu favor, ele terá a partir de hoje – quando desembarca em Londres para um giro de oito dias –, a missão de convencer os líderes dos mais diferentes países de que é capaz, também, de liderar o mundo.
A bordo do Air Force One – e com um grande aparato a sua volta (veja quadro)–, Obama parte hoje pela manhã de Washington e faz sua primeira escala em Londres, onde participará da reunião do G-20 – grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. É também na viagem que se encontrará com os presidentes de outras duas potências, Hu Jintao, da China, e Dmitry Medvedev, da Rússia.
Gráfico: Conheça o avião do presidente Obama
Outros governantes, como Angela Merkel, da Alemanha, e Nicolas Sarkozy, da França, também terão conversas reservadas com o democrata – logo depois de ele participar das comemorações dos 60 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Obama participará ainda de uma reunião da União Europeia, em Praga. Encerra a viagem na Turquia, onde existe uma grande expectativa sobre como irá se dirigir aos muçulmanos.
No ano passado, como candidato, Obama reuniu em Berlim mais de 200 mil pessoas que queriam ver o homem que prometia mudar o papel dos EUA no mundo. Agora, volta à região no
comando da nação que levou o mundo a uma crise
econômica inédita e que acaba de ordenar uma escalada militar no Afeganistão – dois delicados temas que não escaparão da pauta.
Para muitos, a jornada europeia será um grande teste para Obama. Paul Reynolds, da rede britânica BBC, afirmou em uma reportagem da emissora que a viagem do presidente dos EUA à Europa é “só sobre liderança – as expectativas e talvez as limitações dela, à medida que ele tenta moldar um novo papel americano na era pós-Bush”.
– As questões que enfrenta são que tipo de liderança pode oferecer e que tipo de cooperação vai receber – completa Reynolds.
A turbulência econômica deverá ser mesmo a grande pedra no sapato do presidente americano. O primeiro-ministro da República Checa – e atual presidente do Conselho da União Europeia –, Mirek Topolánek, disse que os líderes europeus estavam “alarmados” com as políticas adotadas pela Casa Branca com relação à crise.
Em meio a uma grave crise, o presidente Obama passa pelo desafio de recuperar a confiança no mercado
Foto:
Chip Somodevilla, EFE
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