| 25/03/2009 18h42min
O governo da Noruega deu, nesta quarta, dia 25, a primeira parcela de uma doação que chegará a US$ 1 bilhão para o combate do desmatamento na Amazônia. O primeiro aporte de recursos foi de US$ 110 milhões e é a primeira doação de recursos internacionais para o órgão.
Criado por meio de decreto do presidente Lula, o Fundo Amazônia tem como meta receber doações internacionais a serem aplicadas na preservação da floresta e no desenvolvimento de atividades que não agridam o meio ambiente. O apelo é simples: a redução do desmatamento é a maneira mais fácil e eficiente de diminuir as emissões de gás carbônico, responsável pelo aquecimento global.
– A Noruega está confiando muito dinheiro para o Brasil e temos grandes expectativas dos resultados que esse apoio produzirá – afirmou a embaixadora na Noruega, Turid Eusébio.
Os recursos são o primeiro aporte de um total de US$ 1 bilhão que a Noruega pretende doar ao Fundo Amazônia até 2015. Um outro país, a Alemanha também já anunciou que vai doar neste ano para o fundo 18 milhões de euros.
Segundo o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, outros quatro países também manifestaram interesse em disponibilizar recursos ao fundo. Para ter acesso ao dinheiro, no entanto, o Brasil terá que fazer o dever de casa. Cada tonelada de gás carbônico que deixar de ser emitida dará o direito de utilizar US$ 5 dólares.
– Todos os países estão sentindo que para aumentar menos que dois graus a temperatura no planeta até o fim do século, não basta eles reduzirem. Eles tem que ajudar a diminuição do desmatamento nas florestas tropicais e o Brasil sai na frente porque tem um mecanismo funcionando – diz Minc.
A gestão dos recursos caberá ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco de investimentos preparou uma estrutura e o escritório em Londres ficará responsável pelas captações internacionais.
– A partir de hoje a 60 dias, se vierem projetos de boa qualidade poderemos aprova-los – afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Coutinho acredita que a maioria dos projetos terá como foco as demandas de comunidades tradicionais da Amazônia.
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