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BID encerra reunião anual temendo conseqüências da guerra

América Latina pode entrar em nova recessão se o conflito for longo

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) encerrou, nesta quarta-feira, dia 26, sua reunião anual temoroso de que a economia latino-americana possa sofrer outro golpe este ano, em razão da guerra no Iraque. No encontro, os países da região defenderam que o banco tenha um papel mais ativo na luta contra crises financeiras.

Sem tirar os olhos das televisões para acompanhar o desenrolar do conflito, durante três dias mais de 30 ministros da Economia latino-americanos e autoridades da Europa e da Ásia ouviram do presidente do (BID), Enrique Iglesias, uma previsão pessimista: a incipiente recuperação da região pode retroceder ante a incerteza financeira gerada pela guerra.

– Se o conflito for longo, podem haver repercussões negativas para a América Latina – disse Enrique Iglesias na entrevista coletiva de encerramento da reunião anual do organismo em Milão.

Após registrar a primeira recessão em 20 anos, contraindo-se 0,5% em razão de crises na Argentina, Brasil, Venezuela e Uruguai, a América Latina deve ter um tímido crescimento econômico em 2003, entre 1,5% e 2%, segundo o BID.

Esse número, que o BID reconhece não ser suficiente para combater a pobreza em um continente com 200 milhões de habitantes quase na miséria, pode virar recessão se a economia mundial demorar a recuperar-se em razão da guerra.

O principal pedido levado pelos países latino-americanos ao banco durante o encontro foi a redefinição do papel da entidade na assistência da região em períodos de contração econômica, como um exemplo para que o restante dos organismos multilaterais sigam esse movimento.

Como um dos principais concessores de empréstimos para a América Latina, o banco outorga créditos sobretudo para o desenvolvimento dos governos, que os usam em diferentes tipos de programas.

Com a capacidade de endividamente de muitos Estados no limite, os países querem que o BID aumente suas linhas de créditos a empresas, que poderiam ter acesso a recursos mais baratos em momentos em que os mercados de capitais dão as costas às companhias da região.

– Temos que conseguir recursos que não aumentem a dívida pública. Recursos para o setor privado. É preciso reafirmar o papel anticíclico do BID – disse o ministro de Planejamento brasileiro, Guido Mantega.

Para este ano, o BID prevê financiar projetos na América Latina no valor de US$ 9 bilhões.

As informações são da agência Reuters.


 
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