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 | 22/03/2009 20h03min

Agricultores mantêm protesto em estradas da Argentina

Produtores pedem redução dos impostos para exportação de grãos

Produtores agropecuários da Argentina prosseguiram, neste domingo, dia 22, com seus protestos nas estradas de todo o país, no segundo dia da greve comercial contra os impostos às exportações de grãos. Os protestos acontecem em diversos pontos do país, mas na maioria dos casos os manifestantes ficam à beira das estradas, e apenas em alguns pontos há a interrupção do trânsito.

A greve lançada nesta sexta-feira pelas patronais agrárias, a segunda este ano e a sétima desde que se iniciou o conflito, há um ano, inclui uma paralisação da comercialização de grãos e gado bovino durante sete dias, cujos efeitos poderiam ser sentido nos mercados e portos a partir da segunda-feira.

O mal-estar no campo voltou a ganhar força nesta quinta-feira, depois de o governo se negar a dar quorum no Parlamento para debater um projeto apresentado pela oposição para reduzir os impostos às exportações de grãos.

A irritação dos agricultores cresceu quando, nesse mesmo dia, a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, anunciou que destinará às províncias e municípios 30% do arrecadado pelo imposto às exportações de soja, o principal cultivo do país. O imposto sobre as exportações de soja é de 35%, e o Executivo se nega a reduzi-lo para não afetar as contas públicas.

O conflito com as patronais rurais explodiu no dia 11 de março de 2008, quando o Executivo impôs um esquema de impostos variáveis às vendas de grãos ao exterior que foi rejeitado pelo Parlamento.

Por esta situação, a Argentina, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos, sofreu no ano passado perdas milionárias pelas greves agropecuárias e os bloqueios de estradas organizados pelos produtores rurais.

AGÊNCIA EFE
 
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