| 10/03/2009 15h04min
A reclamação dos produtores de soja de que a legislação ambiental dificulta o crescimento da atividade foi o principal assunto discutido na reunião da Câmara Setorial, nesta terça, dia 10, em Brasília. No encontro, produtores do grão e representantes do governo federal debateram as perspectivas do setor para os próximos 20 anos.
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja avaliou questões como a falta de crédito, pesquisa de novas variedades e mudanças climáticas. O tema mais polêmico foi a legislação ambiental e também as alterações que o governo pretende fazer na lei, que segundo os agricultores, são equivocadas e prejudicam o aumento da produtividade.
– A questão do glifosato, por exemplo, o ministro Carlos Minc quer banir alguns insumos utilizados na defesa da produção. Isso é um absurdo, uma insanidade – disse o presidente da Câmara, Rui Prado.
Outra preocupação do setor é com a logística. A saída, segundo os produtores de soja, seria baixar o custo do transporte do grão, permitindo maior economia e novas oportunidades de negócio. Para o governo federal, o problema é a dependência do transporte rodoviário.
– Você oferece novas alternativas de transporte, como o ferroviário e aquaviário, isso vai forçar uma competição e aumentar a competitividade, diminuindo o custo de produção e transporte. O produto chega mais barato aos portos que interessam no norte do país – afirmou o presidente das câmaras setoriais do Ministério da Agricultura, Márcio Araújo.
Para esta safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que sejam colhidas 57,6 milhões toneladas de soja.
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