| 10/03/2009 14h08min
As ações prioritárias do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do governo na Amazônia em 2009 serão o combate ao gado e à madeira pirata. Foi o que garantiu nesta terça, dia 10, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante a abertura da reunião de planejamento das ações para este ano.
Segundo Minc, além de agilizar os leilões dos bois piratas, o ministério vai fechar um acordo até o fim do mês com o setor da pecuária para fazer o “pacto da carne legal e sustentável na Amazônia”, no mesmo modelo em que já foi feito com a madeira e soja. Com o acordo, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne assumirá o compromisso de só comprar o produto de frigoríficos registrados e que estejam em dia com as obrigações ambientais. A meta da moratória da carne é combater a ilegalidade. O objetivo é promover a produção, o uso e o consumo sustentável desses produtos da floresta amazônica. O ministro afirmou que a pecuária é a responsável pela consolidação do desmatamento na região.
– É guerra total contra o desmatamento. A gente vai intensificar tanto o combate direto aos criminosos como a legalização, o planejamento e a questão territorial – disse.
Participaram da reunião superintendentes do Ibama, secretários de meio ambiente estaduais, representantes do Instituto Chico Mendes, da Polícia Federal, Força Nacional e comandantes de batalhões de meio ambiente.
O ministro anunciou ainda que “em breve” serão incluídos oito municípios na lista dos 36 maiores desmatadores. Ele não quis adiantar de quais Estados seriam essas cidades. Os prefeitos dessas localidades vão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de abril, informou Minc.
Até abril, o ministério também quer ajuizar mais 60 ações contra criminosos ambientais. Em setembro, o ministério anunciou uma lista com os 100 maiores desmatadores da Amazônia.
– Sem essas ações, o desmatamento cresce, a gente não cumpre a meta de clima e seria uma desmoralização internacional – avaliou Minc.
Segundo o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, outra linha de ação em 2009 será a educação das populações que vivem na região para combater as queimadas ilegais.
– As queimadas na Amazônia emitem uma enorme quantidade dióxido de carbono na atmosfera, o que torna o Brasil um dos cinco maiores emissores do mundo. Essa posição nós queremos reverter e para isso a população é importante. A pessoa que mora lá na localidade, quando ver uma queimada, tem que nos avisar imediatamente, porque a rapidez é fundamental para combater o fogo – exemplificou.
A reunião para o planejamento das ações de 2009 continua até quinta, dia 21, na sede do Ibama em Brasília.
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