Mesmo distante 2,6 mil quilômetros de Porto Alegre e envolvido com seu Universidad de Chile em Santiago, Sergio Markarián esquadrinhou o Grêmio. Ontem, no Hotel Sheraton, o técnico mostrou conhecer a fundo o adversário desta noite. Falou de titulares e reservas com clareza. Assistiu aos teipes dos últimos três jogos do rival no Gauchão.

— O Grêmio toca muito bem a bola, usa muito o Souza, provavelmente o jogador mais dotado tecnicamente e de muita pegada. O Ruy apoia forte. Temos que ter cuidado com Alex Mineiro. Os zagueiros têm uma boa altura, o goleiro é muito bom e o banco de reservas, só de olhar, assusta. Será duro — resumiu Markarián.

Os chilenos apontam o atual time do Universidad como o melhor dos últimos tempos. A equipe largou no Torneio Apertura com três vitórias. Por isso, apesar do respeito, Markarián mostra-se confiante em ganhar, ao menos, um ponto. Garante estar preparado para as variações de esquema testadas por Roth nos últimos jogos.

O técnico foi o único a falar no hotel. Como a delegação chegou a Porto Alegre no início da madrugada, os 20 jogadores se recolheram. Só deixaram os quartos para almoçar no quarto andar do hotel, onde também houve sessão de alongamento e exercícios, para “ninguém ficar muito quieto”, conforme explicou Markarián. Ele também aproveitou para descansar. Só apareceu no saguão pouco depois do meio dia, de camisa social listrada, bermuda do clube e tênis.

Markarián recusou o rótulo de time retrancado. Garantiu que usará um esquema com dois meias — Angel Rojas e Emilio Hernández — auxiliando o atacante uruguaio Oliveira.

— A proposta é defender à morte, com algum recurso para contra-atacar. Será um trabalho defensivo muito intenso — previu o técnico.

Olho neles

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