| 23/02/2009 17h10min
O governo dos Estados Unidos negocia a nacionalização parcial do Citigroup. A Casa Branca informou nesta segunda-feira que pode adotar medidas similares em relação a outros bancos, além de prometer que não deixará nenhuma entidade com problemas financeiros quebrar, o que poderia agravar as ameaças ao sistema financeiro.
Os rumores sobre a nacionalização do Citigroup e do Bank of America fizeram com que as ações das entidades desabassem na semana passada nos mercados, mas nesta segunda elas voltaram a subir. A razão da nova alta é que uma nacionalização parcial seria melhor aceita pelos acionistas, que temem que o governo assuma o controle total das instituições.
Diante da onda de turbulência que afeta os mercados, o Departamento do Tesouro, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e as outras agências de regulação bancária dos Estados Unidos prometeram amparar os grandes bancos do país com injeções de capital.
Em setembro passado, a
falência do banco de investimento Lehman
Brothers, que teve ajuda financeira negada pelo Executivo, abalou as bases do sistema financeiro internacional. Agora, o Departamento do Tesouro parece decidido a não cometer o mesmo erro.
Atualmente, o governo americano detém ações preferenciais — sem direito a voto — do Citigroup no valor de US$ 45 bilhões. Os diretores do banco pediram ao Tesouro que parte delas seja convertida em títulos ordinários. A transação reduziria o volume de dívida do banco e reforçaria sua base de capital. No entanto, prejudicaria os atuais acionistas, pois o Citigroup teria de emitir mais ações ordinárias, o que faria desabar o valor das que já estão no mercado.
O governo detém 8% do banco — após a operação, o percentual poderia chegar a 40%, de acordo com informações divulgadas pela imprensa local.
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