Marciele Brum  |  marciele.brum@zerohora.com.br

Por ordem da governadora Yeda Crusius, os secretários estaduais devem investir até junho em obras quase R$ 700 milhões do R$ 1,2 bilhão de investimentos previstos pelo Executivo no orçamento deste ano. Até o final de março, R$ 350 milhões devem se transformar em obras e serviços nas áreas de infraestrutura, segurança, educação, habitação e saúde. O objetivo é atenuar os efeitos da crise econômica mundial na economia gaúcha.

Os números foram confirmados pela Secretaria do Planejamento. Conforme a pasta, as estatais também planejam antecipar valores a serem investidos e devem se esforçar para aplicar mais de 60% do orçado com essa finalidade no primeiro semestre, ou seja, mais de R$ 600 milhões do R$ 1,1 bilhão previstos em 2009. Do total autorizado, cerca de R$ 300 milhões estão liberados para serem comprometidos pelas estatais até o final de março. O cronograma deve ser fechado no início de março.

Em 20 dias de fevereiro, ICMS teve queda de 4%

O secretariado terá de se esforçar para agilizar licitações e finalizar projetos quando necessário para receber a verba. Por esse motivo, Yeda se reunirá com cada secretaria para mostrar o tamanho do investimento permitido. A execução será monitorada a cada mês pelo Piratini.

– É possível. Nós vamos conseguir investir esse valor. Todos os secretários têm contrato político e técnico de resultados ao se comprometer olhando no olho da governadora – disse o secretário do Planejamento, Mateus Bandeira.

A partir de agora, Yeda deve participar com os secretários de cada anúncio importante. A intenção é mostrar que a ação positiva é do governo e não de secretarias isoladas.

Na tarde de sexta-feira, o titular da Fazenda, Ricardo Englert, destacou a importância dos investimentos ao apresentar um balanço das finanças estaduais em fevereiro. Nos primeiros 20 dias, houve queda de R$ 20 milhões na arrecadação de ICMS em comparação com o previsto, totalizando uma queda de 4% em relação ao mesmo período de 2008.

– É um sinal de que a crise está forte. Mas sabemos que meses como fevereiro são críticos. Não nos preocupa, mas temos de ter cuidado. Até o momento, não há risco de cortar investimento porque essa é a saída da crise – relatou Englert.

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