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 | 18/02/2009 13h22min

Ministro Paulo Bernardo diz que crise afetará programas de alimentos

Proposta é de união entre as entidades internacionais

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta, dia 18, que a crise financeira poderá afetar não apenas a produção de alimentos, mas também os programas internacionais sobre este assunto, que poderiam receber de seus membros "menos recursos".

Após discursar no Conselho de Governadores do Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola (Fida) que está sendo realizado em Roma, o ministro previu uma maior presença "física" da entidade nos países em que trabalha por meio de consultores que se desloquem para o lugar, o que se traduzirá em "um acompanhamento mais próximo dos projetos".

Paulo Bernardo destacou em seu discurso ante o Conselho de Governadores da Fida a importância desta colaboração mais próxima para "facilitar a troca de experiências e a difusão de tecnologias", algo no que destacou que o Brasil pode realizar uma boa contribuição.

Também sugeriu que a Fida deva estreitar os laços de cooperação com outras entidades, como a FAO e o Programa Mundial de Alimentos.

O ministro afirmou que os conferencistas que participaram da reunião se mostraram em geral "preocupados" pelas consequências que a crise financeira pode ter na produção de alimentos e "na vida das pessoas pobres do campo e da cidade", assim como "no abastecimento de alimentos no mundo".

Também se tratou em profundidade da segurança alimentar, um tema ao qual a Fida dedicou sua última reunião de alto nível, realizada em Madri em janeiro, e se avaliou o aumento do número de pessoas que sofrem de insegurança alimentar, o que, segundo o ministro, cresceu em 700 milhões de pessoas nos últimos anos.

Paulo Bernardo afirmou que, com o crescimento do consumo de alimentos nos últimos anos, "uma crise financeira pode afetar o sistema através da falta de créditos" e do encarecimento geral dos produtos.

Declarou que a última reposição de recursos do fundo, realizada em 2008 e que foi a mais numerosa de sua história, representa um aumento de capital de 67% que fará com que esteja "mais preparado para enfrentar os desafios da crise".

Além disso, se mostrou partidário de que a nova diretoria, que será escolhida neste Conselho, "continue com os programas" que estão sendo desenvolvidos até agora.

O Brasil é ao mesmo tempo executor de projetos financiados pela Fida e um dos países que contribuem para o fundo.

Os 164 Estados-membros da Fida se reúnem em Roma hoje e amanhã para realizar seu Conselho de Governadores, a entidade decisória do fundo.

Dentro do programa da reunião está a escolha de um novo presidente.

Em 2008, a Fida investiu US$ 3,4 bilhões em 202 programas e projetos em 81 países e concedeu US$ 602 milhões em conceito de novos empréstimos e doações para 32 países em desenvolvimento.

AGÊNCIA EFE
 
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