| 18/02/2009 04h02min
Enquanto nos Estados Unidos as montadoras não cessam de pedir ajudar e anunciar novos e negativos números, as montadoras brasileiras têm conseguido exibir melhores performances.
O ponto em comum é que, nos dois casos, o setor tem contado com a ajuda do governo. No Brasil, as chamas da crise cederam um pouco frente aos dados de vendas de automóveis na primeira quinzena de fevereiro, divulgados ontem pela Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores. Foram emplacados 15,56% mais automóveis e veículos leves em relação a igual período de janeiro – reflexo na redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em dezembro.
– O mercado parou de cair. Isso é uma boa notícia – disse o presidente da entidade, Sérgio Reze.
Por conta da recuperação das vendas, a Renault manteve na segunda-feira tratativas para reintegrar 500 dos 854 trabalhadores com contratos suspensos por cinco meses. A melhoria das vendas levou a Fiat ontem a ampliar a
manutenção de 40 mil empregos até 10
de março, ante previsão anterior de 9 de março. Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Carlos Alberto Grana, os números mostram recuperação melhor do que o esperado.
Nos EUA, o dia foi marcado por novos pedidos de socorro ao governo feitos pela General Motors e da Chrysler. A GM pediu acesso a mais US$ 16,6 bilhões e afirmou que ficará sem dinheiro no próximo mês, se não receber apoio federal.
A maior montadora dos EUA está sobrevivendo com o empréstimo de US$ 13,4 bilhões concedido no governo de George W. Bush e expôs ao Departamento do Tesouro um plano para fechar mais 14 fábricas, eliminar centenas de revendedores e cortar 47 mil empregos no mundo.
Na proposta de restruturação, a Chrysler pediu hoje US$ 5 bilhões – acima dos US$ 3 bilhões esperados – e anunciou cortes de 3 mil vagas.
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