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 | 14/02/2009 18h48min

Obama conquista 1ª vitória política com aprovação de plano econômico

Programa para tirar os Estados Unidos da crise financeira tem um custo de 787 bilhões

O presidente americano, Barack Obama, conquistou neste final de semana sua maior vitória política desde que chegou à Casa Branca, há três semanas, e prepara a promulgação de um plano de estímulo econômico com o qual buscar tirar os Estados Unidos da crise financeira mais grave em oito décadas.

— Este passo histórico não é a última coisa que faremos para reencaminhar nossa economia — disse Obama em discurso de rádio.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que a legislação aprovada na sexta-feira no Congresso "não chegará à escrivaninha do presidente" antes de segunda-feira, porque há bastante tramitação de papéis envolvida. O programa, que recebeu o apoio de somente três republicanos no Senado, tem um custo de US$ 787 bilhões e foi ratificado menos de quatro meses depois que o Congresso destinou US$ 700 bilhões a um plano de ajuda financeira que, na época, foi qualificado de crucial.

No ano passado, a economia dos Estados Unidos, que entrou em recessão em dezembro de 2007, perdeu quase 2,7 milhões de postos de trabalho e continua mergulhada na incerteza, com fechamentos de empresas, falências de bancos, execuções hipotecárias, e dois conflitos no exterior prolongados. Obama tentou negociar para obter o apoio da minoria republicana no Congresso, mas, no fim, a legislação foi aprovada com os votos de 246 democratas e a oposição de 183 republicanos na Câmara Baixa.

No Senado, o resultado foi de 60 votos a favor — 57 democratas e três republicanos — e 38 contra, todos do partido opositor. Os democratas acreditam que o programa salvará ou criará 3,5 milhões de postos de trabalho. O elemento que acabará consumindo mais recursos é a restituição de US$ 400 em impostos para cada contribuinte — US$ 800 para casais —, e um auxílio de US$ 250 aos aposentados, veteranos incapacitados e outras pessoas que não pagam tributos em cima dos salários.

Os republicanos, fiéis à sua ideologia contrária à ampliação do papel do Estado e favorável à austeridade fiscal, acreditam que a legislação contém muitos gastos governamentais, e que poucos deles estimularão a economia. Nos últimos oito anos de gestão republicana, a dívida nacional dos Estados Unidos dobrou, e o orçamento federal, que registrava superávit quando George W. Bush chegou à Casa Branca, terminará este período fiscal — o último orçado pela Administração republicana — com um déficit de quase US$ 1 trilhão.

EFE
 
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