Depois de reduzir o alojamento de corte em 20% desde novembro do ano passado, a avicultura de corte brasileira começa a ajustar ainda mais a produção para atender recomendação nacional de atingir um plantel máximo de 400 milhões de matrizes de produção.

Nesta quarta, dia 11, representantes das agroindústrias do Paraná se reuniram em Cascavel para analisar a conjuntura do mercado de frango de corte. O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas (Sindiavipar), Domingos Martins, estima que com esse ajuste na produção o Estado diminua o abate de cabeças de frango em aproximadamente 12%, comparado à média mensal obtida no ano passado.

– Com a decisão, a produção de frango de corte do Paraná deve recuar para 90 a 95 milhões de cabeças nos próximos três meses – afirma.

A média mensal de 2008 foi de aproximadamente 101,8 milhões de cabeças, e os abates da avicultura paranaense encerraram o ano em 1,2 bilhão de cabeças. Apesar disso, o Estado irá se manter como o principal produtor de frango de corte do Brasil, respondendo por aproximadamente 27% da produção nacional.

O pacote de ajuste do mercado avícola foi sugerido pela União Brasileira de Avicultura (UBA) e pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef). O presidente do Sindiavipar destaca que o ajuste de mercado se faz necessário para afastar a possibilidade de crise sobre esse importante setor do agronegócio brasileiro, equilibrando a oferta e o consumo de frango no cenário interno.

– Nos últimos meses estamos enfrentando uma diminuição nas exportações de frango do Brasil, em virtude da crise econômica mundial, que traz como consequência a falta de crédito para viabilizar as exportações nacionais. No último mês, a diminuição nas vendas ao Exterior foi de aproximadamente 50 milhões de cabeças de frango, uma demanda que fica para o consumo interno.

Segundo Martins, a redução na produção não se refletirá no preço do frango, uma vez que hoje os custos da produção estão equilibrados, em função da alta nas commodities utilizadas na avicultura – milho e soja.