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 | 10/02/2009 09h40min

Metrô pode requerer mudança no resultado do jogo com o Atlético-Ib

Anulação de gol pela bandeirinha Maira Labes e o árbitro Célio Amorim causou polêmica

Daniela Pereira  |  daniela.pereira@santa.com.br

O Departamento Jurídico do Metropolitano decidirá nesta terça-feira se entra ou não com recurso para tentar reverter o resultado do empate em 1 a 1 contra o Atlético de Ibirama, domingo, no Estádio João Marcato, em Jaraguá do Sul.

Na segunda-feira à tarde, em reunião na Federação Catarinense de Futebol (FCF), o vice-presidente do clube, Jaime de Andrade, ouviu do presidente da FCF, Delfim Pádua Peixoto Filho, que o segundo gol do Metrô, marcado pelo meia Barbieri aos 41 minutos do segundo tempo, foi anulado corretamente, o que diminui as já remotas chances de o clube obter algum sucesso no Tapetão.

— Tanto o Delfim como o departamento técnico de arbitragem me disseram que viram várias vezes os vídeos do jogo e que o gol foi irregular — contou Jaime.

O erro encontrado pela Federação, segundo o vice-presidente, foi o árbitro Célio Amorim e a auxiliar Maira Americano Labes terem validado o gol e, logo depois, voltado atrás na decisão. Para o vice-presidente do Verdão, a atitude foi tomada devido às pressões do adversário.

— Vamos analisar tudo hoje (ontem) durante a nossa reunião da diretoria executiva. Amanhã (terça-feira), o nosso jurídico tomará a melhor decisão — disse o vice-presidente.

Coincidência ou não, os nomes de Célio e de Maira Labes não estão na escala da arbitragem para a oitava rodada do Catarinense, com jogos quarta e quinta-feira.

Torcedores xingam bandeirinha em página do Orkut

A polêmica que fez o clássico prosseguir nos bastidores teve início aos 41 minutos da etapa final, quando o Metrô vencia por 1 a 0. Depois da cobrança da falta por Barbieri pela esquerda, o lateral Fábio Fidélis subiu com a bola na frente do goleiro, mas não chegou a tocá-la.

A auxiliar Maira Americano Labes, que estava do lado direito, entendeu que houve impedimento e levantou a bandeira. Porém, Célio Amorim correu para o meio-campo e validou o gol. Maira também foi para o centro do gramado.

Como viram a bandeira erguida antes de Maira ir para o meio, os jogadores do Ibirama correram para cima do árbitro. Depois de argumentar com a auxiliar, Célio voltou atrás na decisão e anulou o gol. Ele foi até a área e entregou a bola para o goleiro Gean cobrar o tiro de meta. No lance seguinte, o time do Alto Vale empatou o clássico, aos 43 minutos.

Cinco minutos depois, com o jogo encerrado, jogadores e dirigentes do Metrô foram para cima do trio de arbitragem, que deixou o campo escoltado por policiais militares do Grupo de Resposta Tática (GRT). Na súmula, o árbitro relatou o ocorrido, inclusive os palavrões direcionados à Maira e o vidro do vestiário dos árbitros quebrado.

Indignada, a torcida do Metrô protestou como pôde, ontem. A página da bandeirinha Maira Labes no site de relacionamentos Orkut, por exemplo, ganhou centenas de mensagens, digamos, pouco respeitosas, todas acusando a auxiliar de ter tirado do Verdão a primeira vitória no Estadual.

Clube pode perder mando de campo

Não bastasse não ter estádio em Blumenau para jogar — já mandou jogos em Timbó e domingo estreou na nova casa, Jaraguá do Sul —, o Metropolitano corre o risco de ter que procurar outro endereço. Um dos 11 procuradores do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) já está com a súmula do jogo entre Metropolitano e Atlético de Ibirama e vai analisar os fatos contidos no documento, que relata o mau comportamento de três dirigentes do Metrô.

Caso o procurador entenda que houve problema durante o jogo, poderá apresentar denúncia contra o clube ao TJD. Somente o procurador poderá dizer quais normas do Código Brasileiro de Justiça Desportiva o clube e os integrantes podem ter desrespeitado.

O procurador, que é designado pelo próprio tribunal para acompanhar o jogo, pode utilizar outros recursos para entender os fatos, como vídeos, transmissões pelo rádio e até ir ao estádio. O procurador-geral do TJD, Giovani Mariot, preferiu não revelar o nome do procurador responsável pelo caso, pelo menos até quinta-feira, dia em que deve manifestar a decisão diante do tribunal.

As penalidades para clube e jogador, caso haja denúncia e posterior punição, variam desde advertência e multa, passando pela perda de pontos e mando de campo, até a exclusão do campeonato. Mas tudo depende de como o juiz irá entender a denúncia.

 
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