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 | 09/02/2009 04h03min

Pacote de Obama deve ser votado nesta terça-feira

Presidente americano vai falar sobre o programa de estímulo à atividade econômica hoje

Considerado vital para o governo do presidente norte-americano Barack Obama, o pacote de medidas estimado em US$ 827 bilhões pode receber na próxima terça o sinal verde do Senado. Em outra frente, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, anunciou que detalharia amanhã os principais pontos do plano de resgate para o setor financeiro.

O próprio Obama vai falar sobre o programa de estímulo à atividade econômica hoje, quando fará sua primeira entrevista coletiva de imprensa. E participará de encontros em cidades que são mais afetadas pela crise — hoje, em Elkhart, em Indiana, e no dia seguinte, em Fort Myers, na Flórida.

As atenções para a economia não foram deixadas de lado nem durante o fim de semana. No sábado, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Summers, pediu ao Congresso que votasse o pacote sem demoras. Numa demonstração de cortesia, os senadores debateram numa rara sessão de sábado o compromisso assumido entre republicanos moderados e a Casa Branca.

Pelo acordo, o conjunto de medidas foi reduzido em US$ 108 bilhões em gastos, incluindo cortes que provavelmente iriam impulsionar a economia, como os US$ 40 bilhões em auxílio para os governos estaduais investirem em educação e outros programas. Por outro lado, conservou itens como o US$ 1 bilhão para ajustar problemas com o censo de 2010. O destino principal dos recursos é para obras de infraestrutura e geração de cerca de três milhões de empregos.

Como os senadores modificaram o conjunto de medidas aprovado pela Câmara dos Deputados, as propostas ainda terão de ser harmonizadas. Obama pretende promulgar o pacote até o próximo dia 13.

Além disso, Geithner deve anunciar um novo plano para ajudar o sistema financeiro em colapso. Em vez de criar oficialmente um "banco ruim" com ativos tóxicos, incentivará investidores privados a comprar esse papéis dando garantia de absorção de parte das perdas se o valor dos títulos continuar a cair. O objetivo é livrar os bancos de seus piores ativos, de modo que possam atrair mais investidores privados que tragam recursos.

Ação contra protecionismo:

O governo brasileiro deve acionar hoje a Organização Mundial do Comércio (OMC) para que monitorem o impacto dos pacotes lançados pelos países ricos. Confira exemplos que preocupam:

> O pacote norte-americano a ser votado no Senado inclui emenda que restringe o uso de ferro, aço e manufaturados em projetos de infraestrutura bancados por verba do governo. Pela cláusula, só poderão fazer os países que assinaram o Acordo de Compras Governamentais, como Canadá, México ou União Europeia. O Brasil está de fora.

> O governo francês quer usar parte dos recursos de um plano de relançamento da economia para exigir que empresas locais comprem apenas produtos franceses.

> Prática já condenada nos tribunais da OMC, o cultivo de algodão nos EUA voltou a ser subsidiado.

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