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 | 04/02/2009 15h21min

Obama limita remuneração de executivos em US$ 500 mil por ano

Medida atinge somente empresas que recebem ajuda do governo dos EUA

Atualizada às 16h03min

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira que limitou a US$ 500 mil a remuneração máxima anual dos dirigentes das empresas que receberam ajuda do governo federal, segundo o texto de uma declaração publicada pela Casa Branca.

— O que escandaliza as pessoas é que dirigentes sejam premiados por seus fracassos, sobretudo quando estes prêmios são pagos pelos contribuintes — disse Obama.

Obama também afirmou que o Tesouro americano anunciará na próxima semana uma nova estratégia para relançar o reativar o mercado de crédito do país. Será uma "decisão que refletirá as lições de erros do passado e assentará as bases para o futuro", disse o presidente.

Sobre os cortes nos salários dos executivos, Obama disse que "todos devemos nos responsabilizar diante da crise", incluindo os altos executivos das empresas financeiras "que foram pedir ao povo americano quando tinham problemas, ao mesmo tempo que se pagavam suas frequentes gratificações generosas".

— Não somente é de mau gosto, é uma má estratégia e não a tolerarei durante minha presidência — acrescentou.

Como parte de suas medidas, os executivos de empresas que receberem assistência extraordinária do Estado terão suas gratificações reduzidas ao máximo de US$ 500 mil. Se receberem uma compensação adicional, poderá ser em forma de ações da empresa que não possam ser liquidadas até que as companhias tenham devolvido a ajuda recebida do Estado. Além disso, as companhias que receberem ajuda federal deverão informar todos os benefícios que forem concedidos a seus executivos e justificá-los, e eliminar as altas compensações a diretores que abandonarem a empresa.

Plano econômico

No mesmo discurso, Obama afirmou que um atraso na aprovação do plano de estímulo econômico no valor de US$ 819 bilhões que está sendo debatido pelo Senado "transformaria a crise em uma catástrofe".

— Um atraso na hora de tomar medidas, e tomá-las já, transformará a crise em uma catástrofe e garantirá uma recessão mais longa, uma recuperação menos sólida e um futuro mais incerto — advertiu o presidente americano.

O plano de estímulo não é "meramente uma prescrição para uma despesa a curto prazo, é uma estratégia para o crescimento a longo prazo em áreas como energia renovável, saúde e educação", disse.

— Peço ao Congresso para agir sem atraso — disse Obama, quando o Senado debate a medida, que já recebeu o sinal verde da Câmara de Representantes (Câmara Baixa) na semana passada.

A oposição republicana criticou duramente o plano, que considera que contém muitas verbas que seriam desperdício e não servirão para estimular a economia. Os republicanos propõem mais cortes de impostos e verbas mais concretas para apoiar setores como o imobiliário, onde teve origem a crise atual.

EFE
 
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