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 | 02/02/2009 19h20min

Governo estuda medidas de apoio às exportações para reverter déficit comercial

Mudanças devem ser anunciadas até o fim do mês

Luciane Kohlmann, Brasília | DF

O que todo mundo previa desde o início da crise mundial se confirmou no primeiro mês de 2009. Depois de oito anos de saldos comerciais positivos, o Brasil fechou janeiro no vermelho. Para reverter o mais rápido possível o resultado negativo da balança, que fechou o mês com um déficit de US$ 518 milhões, o governo deve anunciar medidas de apoio às exportações até o final deste mês.

As exportações somaram mais de US$ 9,7 bihlhões de dólares, mas as importações foram maiores e ficaram em US$ 10,3 bilhões. Por isso o saldo, que é a diferença entre o que o país vende e compra, terminou o mês deficitário. O resultado foi bem diferente de janeiro de 2008, quando o Brasil registrou um superávit de US$ 922 milhões.

As exportações tiveram uma queda de 22%, mas o resultado poderia ter sido pior. O que evitou uma retração mais acentuada foi o volume maior das vendas de milho, açúcar, farelo de soja, soja em grão e café.

Em janeiro as exportações brasileiras caíram para quase todos os blocos econômicos. Houve aumento apenas nas vendas para a Ásia. China, Japão e Coréia do Sul compraram mais do Brasil, e os produtos agrícolas como etanol, açúcar e carnes lideraram os embarques.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou nesta segunda, dia 2, que o governo pretende lançar um pacote de medidas de incentivo às exportações. Uma delas deve ser a criação do drawback integrado, um sistema que vai suspender a cobrança de PIS/Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados nas compras de insumos agrícolas. A idéia é reduzir custos no campo e tornar o produto nacional mais competitivo.
 
– Há várias medidas. Há dezenas de medidas em discussão para diversos setores. Há medidas muito pontuais. A questão do drawback deve ser resolvida até o final de fevereiro. Falta apenas acertar uma portaria com a Receita Federal, pois o trabalho é conjunto, e falta acertar a operacionalização do sistema – revelou Welber Barral, Secretário do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

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