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 | 26/01/2009 19h03min

Desemprego na indústria paulista é o maior desde 1994, aponta Fiesp

Setor de alimentos teve um dos piores desempenhos

Mariane De Luca | São Paulo (SP)  |  reportagem@canalrural.com.br

O desemprego na indústria paulista em dezembro passado foi o maior desde 1994, divulgou a Fiesp em levantamento nesta segunda, dia 26. Um dos setores com pior desempenho foi o de alimentos.

Em dezembro de 2008 foram fechados 130 mil postos de trabalho em São Paulo, uma redução de 5,6% na comparação com novembro. No acumulado do ano foram sete mil vagas a menos. Pela primeira vez, os 21 setores da indústria e as 36 regiões pesquisadas apresentaram redução no nível de emprego. O maior índice de desemprego ficou no setor sucroalcooleiro, com quase 80 mil postos perdidos.

Na pesquisa, a Fiesp perguntou as 30 maiores indústrias paulistas que nota, de zero a 100, dariam para a perspectiva de negócios no curto prazo. O índice ficou em 43,5, levemente acima do grau dado em dezembro – 35,1. De acordo com a Federação das Indústrias de São Paulo, a crise financeira fez com que os últimos três meses de 2008 comprometessem todo o desempenho do ano no nível de emprego. A entidade não quis fazer previsões para 2009, mas adiantou que a atividade econômica será menor.

Na indústria de alimentos, alguns casos de demissões têm provocado polêmica. A Sadia dispensou 350 funcionários em todo o país. Na última sexta, dia 23, centenas de trabalhadores se reuniram em frente à sede da empresa na Capital paulista para discutir não só a possibilidade de novas demissões, como também a proposta de reajuste salarial da categoria. O caso foi parar no Tribunal Regional do Trabalho.

Nesta tarde, uma audiência de conciliação reuniu representantes da empresa e do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação. A proposta da Sadia é de reajustar os salários em 8%. Descontando a inflação, o aumento seria inferior a 1%. O sindicato pede que a empresa cumpra a convenção da categoria e conceda reajuste de 9,5%. Após uma hora de conversa, não houve acordo e o caso irá a julgamento. Mas a Justiça já sugeriu que a empresa conceda os 8% e o restante do reajuste seja convertido em 12 meses de estabilidade, o que evitaria novas demissões.

Em nota, a Sadia informou que vai aguardar o julgamento do processo. Na audiência, a empresa já adiantou que um reajuste superior a 8% poderia forçar novas demissões devido à atual conjuntura econômica.

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