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 | 22/01/2009 13h34min

Stephanes diz que negociação sobre Código Florestal não está avançando

Para ministro, propostas de ambientalistas tornam produção agrícola inviável

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, voltou a defender nesta quinta, dia 22, a necessidade de mudanças no Código Florestal sem prejuízos para os produtores rurais. O assunto tem causado polêmica entre o setor agrícola e a área ambiental.

– Não temos avançado suficientemente com o ministro Minc para equacionar essas questões – disse durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro.

Stephanes definiu a relação de sua pasta com a área ambiental do governo como uma “parceria difícil e complicada”.

Umas das principais divergências sobre o código é a área de reserva legal. Os ambientalistas querem manter restrições ao desmatamento, com exigência de manutenção de 80% de floresta preservada nas propriedades da Amazônia. Os ruralistas querem reduzir esse percentual para até 50%.

Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram o grupo de trabalho criado pelo governo para discutir as mudanças na lei. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.

O ministro criticou os ambientalistas e afirmou ser “o maior interessado” na preservação da Amazônia.

– Há uma diferença entre ser ambientalista e ter formação, conhecimento e capacitação em meio ambiente. E o Ministério da Agricultura é o que tem o maior número de doutorados e pós-doutorados em meio ambiente, que estão na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Stephanes voltou a argumentar que se a mudança do Código Florestal for feita como querem os ambientalistas, a produção agrícola no país será inviabilizada, principalmente por causa das restrições ao plantio em várzeas, encostas e topos de morro.

“Vão eliminar 1 milhão de pequenos produtores do campo em áreas já consolidadas. Quem definiu isso mora em Brasília ou em Ipanema, não conhece nada de agricultura”, disse.

Com o fim do grupo de trabalho, a negociação deverá ser conduzida no Congresso Nacional.

AGÊNCIA BRASIL
 
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